Líder critica atraso na obra de desvio da linha férrea

por Assessoria Comunicação publicado 10/05/2005 14h55, última modificação 24/05/2021 11h08
O líder do prefeito na Câmara Municipal, Mario Celso Cunha (PSB), criticou ontem o atraso no início das obras que deveriam desviar a linha férrea dos bairros residenciais da Capital. Segundo o vereador, o início das obras está sendo retardado face aos entraves burocráticos que estão prejudicando a população, que convive com os apitos noturnos dos trens e com acidentes constantes nas passagens de nível, num projeto orçado em R$ 150 milhões, que beneficiaria cerca de 250 mil pessoas.
Para Mario Celso, a burocracia impede o Departamento Nacional de Infra-estrutura em Transporte de permitir o início da obra, já que o órgão federal alega a dependência de uma licença ambiental de parte do IAP – Instituto Ambiental do Paraná e do Ibama.
“Por sua vez, o Ibama afirma não ser responsável pelo impasse. Diz que a responsabilidade é só do IAP em fornecer o laudo relativo à licença. A confusão teria se formado com um pedido que o DNIT teria feito, requisitando a transferência da responsabilidade do IAP para o Ibama. Já o instituto nacional garante que só poderia participar da discussão sobre o impacto ambiental do contorno se fosse convocado pelo IAP. O órgão estadual nega a necessidade de uma autorização ambiental e diz que o que falta é a definição de um responsável pela obra. Em meio ao imbróglio que se formou, quem paga o pato é a população, que não vê a obra andar, nem o problema ser solucionado”, afirmou Mario Celso.
Lamentou
Por outro lado, o vereador lamentou que esteja tramitando no Congresso a Medida Provisória 246, que extingue a Rede Ferroviária Federal, que será transformada numa diretoria ferroviária dentro do DNIT. Para o líder, seria necessária a criação de uma autarquia específica para gerenciar o transporte  ferroviário.
“Ao colocar o setor ferroviário no DNIT, o governo federal subordina esse modal ao transporte rodoviário, num órgão que não possui estrutura adequada de pessoal ou recursos suficientes sequer para tampar os buracos de nossas estradas. Com isso, o setor fundamental para a logística nacional ficará relegado a um plano inferior”, acrescentou.