Lei obriga alerta sobre drogas nas escolas

por Assessoria Comunicação publicado 08/02/2008 17h45, última modificação 18/06/2021 11h01
O vereador Mario Celso Cunha (PSB), um dos fundadores do Conselho Municipal de Combate às Drogas e autor da lei que criou a obrigatoriedade da realização de palestras sobre drogas tóxicas e entorpecentes em geral nas atividades das escolas da rede pública municipal, tem defendido o cumprimento da lei por parte da Secretaria Municipal de Educação, com apoio da Secretaria Municipal da Saúde.
O líder do prefeito na Câmara lembrou que “a lei, que recebeu o número 7919, é de 14 de maio de 1992 e se revela de extrema importância, já que trata de um assunto que vem tomando conta do mundo, principalmente pelos valores financeiros que entram em jogo, levando muitas pessoas para o vício e também para o tráfico. É importante mostrar os prejuízos que isso provoca, além dos danos para o ser humano e sua família”, disse o vereador.
Um dos artigos da lei torna obrigatória a série de palestras nas escolas. Todas com caráter preventivo, combativo, educativo e informativo. Abre espaço para professores, alunos, pais de alunos e entidades representativas. Também proporciona a possibilidade de celebrar convênios com Conselhos Tutelares e Conselhos de Entorpecentes para a elaboração das palestras e identificação dos palestrantes.
Outro ponto importante da lei é a criação de comitês de prevenção à saúde, com palestras nesse sentido, sob orientação de profissionais da área de saúde. Mario Celso disse que “o jovem é uma presa fácil para traficantes, pois, sem informação, acaba caindo no mundo das drogas. E quando quer sair é tarde, uma vez que já pode ter se tornado um dependente químico, terminando sua vida no fundo do poço.”
O vereador destacou que com as palestras muitas crianças e adolescentes estarão recebendo informações importantes para poder identificar os riscos que a droga apresenta. “Caras ou baratas, leves ou pesadas, todas são devastadoras. Muda até a personalidade das pessoas, tornando algumas agressivas, passando a roubar ou se prostituir para sustentar o vício. Além do sofrimento físico existe o psicológico, gerando angústia, apatia, depressão, delírios, perda de memória e suicídios”.
Segundo pesquisa do Instituto Sulamericano Antidrogas, os brasileiros são mais dependentes em álcool, tabaco e maconha. São 14% dependentes de bebidas alcoólicas, 11% de tabaco e 3%, de maconha. Não fizeram parte da estatística as pessoas que utilizam drogas de forma esporádica. O uso de cocaína e crack cresce a cada ano. “E o que assusta é que a faixa mais atingida pela dependência está entre 14 e 30 anos”, conclui Mario Celso.