Júri popular de Rachel Genofre começa e vereadores pedem justiça à menina
Com a pandemia, as sessões da CMC são feitas por videoconferência. Na foto, Márcio Barros. (Foto: CMC)
“Eu estava de plantão naquela noite e tive a tristeza de ver a cena de perto. Ficou na minha cabeça para sempre”, testemunhou o Jornalista Márcio Barros (PSD), nesta quarta-feira (12), na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), referindo-se a jovem Rachel Genofre, encontrada morta, aos nove anos de idade, dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba, com sinais de violência sexual, em 2008. Ele e as vereadoras Professora Josete (PT) e Flávia Francischini (PSL) manifestaram apoio à família da menina, já que hoje começou o júri popular de Carlos Eduardo dos Santos, acusado de matá-la.
Márcio Barros elogiou as polícias Civil e Científica pela persistência na investigação, uma vez que o crime foi solucionado somente onze anos depois, quando o material genético coletado coincidiu com o de Santos, então preso por outros crimes em Sorocaba (SP). “A gente precisa ficar atento aos nossos filhos”, disse o vereador, que destacou a importância da Câmara de Curitiba se envolver nas questões de segurança pública, exigindo iluminação e videomonitoramento de áreas sensíveis da cidade. “Na rodoferroviária não tinha câmeras”, criticou Barros.
“É lamentável que o nosso país tenha muitos casos de violência contra as mulheres e de abuso sexual contra crianças”, disse a Professora Josete, informando que o movimento de mulheres realizaria um ato em frente ao Tribunal do Júri. “Damos o nosso apoio aos familiares e pedimos que a justiça seja feita”, desejou Flavia Francischini. A Câmara Municipal de Curitiba aprovou, em outubro de 2020, uma homenagem póstuma a Rachel Genofre, indicada para denominar um logradouro público da cidade, após pedido da família (confira aqui). Por iniciativa dos ex-vereadores Jairo Marcelino e Bruno Pessuti, em 2019 e em 2020, os policiais responsáveis pela conclusão do caso receberam votos de congratulações da CMC.
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