Julião quer aproximação entre torcidas e autoridades
Após o compromisso de paz entre as torcidas organizadas da capital, durante seminário realizado na Câmara Municipal, o vereador Julião Sobota (PSC) quer promover nova reunião entre autoridades e líderes de torcidas. "Nós precisamos definir as responsabilidades de cada autoridade do poder público, para estabelecer o que cabe às torcidas organizadas. Os torcedores violentos devem ser identificados e punidos", enfatiza o vereador, que nos dias 4 e 5 de julho participará, em São Paulo, do I Seminário Nacional de Torcidas Organizadas, promovido pelos ministérios da Justiça e dos Esportes.
A experiência adquirida no último dia 18, com a realização do evento "Futebol, uma jogada pela paz", na Câmara Municipal, e os anos de liderança na torcida organizada Os Fanáticos, a maior do Clube Atlético Paranaense, da qual é o atual presidente, são o que Julião pretende levar à capital paulista. "O fim das torcidas organizadas em grandes cidades não reduziu a violência. A Fanáticos completa 32 anos de existência em outubro pregando o respeito à família e à comunidade. Não podemos deixar que pessoas violentas estraguem essa história. É a violência que precisa ser combatida e ela está em todo o lugar", diz Julião.
Ocorrências
Ele ressalta o aspecto positivo dos dados divulgados durante o seminário pelo diretor da Guarda Municipal, inspetor Celso dos Santos, e o gerente de fiscalização da Urbs, Edson Berleze. Informações do serviço de Proteção ao Transporte Coletivo (PTC) indicam que houve queda de 70% no total de ocorrências na comparação do primeiro semestre de 2008 com o de 2009. O número de casos caiu de 1.856 no ano passado para apenas 557 neste ano. "Para melhorar esses resultados, é preciso ampliar a cooperação com a Polícia Militar, Guarda Municipal, Ministério Público. Torcedor violento precisa ser identificado, filmado, fotografado e punido. Quando essas pessoas sentirem no bolso, forem detidas ou impedidas de assistir jogos do seu clube de coração, a situação vai mudar", comenta o vereador.
No primeiro semestre de 2009, o PTC registrou 269 casos de desordem, 140 de vandalismo e 85 de tumulto, coincidentemente em dias de partidas de futebol dos times da capital durante o campeonato paranaense e a Copa do Brasil. Os bairros que mais sofrem com o vandalismo são o Centro, Novo Mundo, Capão da Imbuia, Santa Cândida, Boqueirão, Capão Raso, Cidade Industrial e Alto da Rua XV. Analisando a distribuição geográfica, nota-se a proximidade de estádios de futebol e terminais de ônibus com grande tráfego de pessoas. Em 2009, os atos de vandalismo já custaram R$ 97 mil ao sistema integrado de transporte de Curitiba e região metropolitana. Dos 508 ônibus depredados no primeiro semestre, 152 eram alimentadores e 102 metropolitanos.
Linhas especiais
"A Federação Paranaense de Futebol precisa cooperar também. Os dados da Urbs mostram que a violência aumenta quando são marcados para o mesmo dia partidas dos três clubes da capital. Não dá para deixar isso acontecer, pois os torcedores violentos se encontram e depredam os ônibus, machucando as pessoas", diz o vereador, que defende linhas especiais para torcedores em dias de jogo. "Torcida organizada tem carteirinha, dá para separar quem é e quem não é registrado. Mas também é preciso investir na formação a longo prazo, em projetos nas escolas que ensinem as crianças a viver em harmonia umas com as outras, respeitando as diferenças", conclui Julião.
A experiência adquirida no último dia 18, com a realização do evento "Futebol, uma jogada pela paz", na Câmara Municipal, e os anos de liderança na torcida organizada Os Fanáticos, a maior do Clube Atlético Paranaense, da qual é o atual presidente, são o que Julião pretende levar à capital paulista. "O fim das torcidas organizadas em grandes cidades não reduziu a violência. A Fanáticos completa 32 anos de existência em outubro pregando o respeito à família e à comunidade. Não podemos deixar que pessoas violentas estraguem essa história. É a violência que precisa ser combatida e ela está em todo o lugar", diz Julião.
Ocorrências
Ele ressalta o aspecto positivo dos dados divulgados durante o seminário pelo diretor da Guarda Municipal, inspetor Celso dos Santos, e o gerente de fiscalização da Urbs, Edson Berleze. Informações do serviço de Proteção ao Transporte Coletivo (PTC) indicam que houve queda de 70% no total de ocorrências na comparação do primeiro semestre de 2008 com o de 2009. O número de casos caiu de 1.856 no ano passado para apenas 557 neste ano. "Para melhorar esses resultados, é preciso ampliar a cooperação com a Polícia Militar, Guarda Municipal, Ministério Público. Torcedor violento precisa ser identificado, filmado, fotografado e punido. Quando essas pessoas sentirem no bolso, forem detidas ou impedidas de assistir jogos do seu clube de coração, a situação vai mudar", comenta o vereador.
No primeiro semestre de 2009, o PTC registrou 269 casos de desordem, 140 de vandalismo e 85 de tumulto, coincidentemente em dias de partidas de futebol dos times da capital durante o campeonato paranaense e a Copa do Brasil. Os bairros que mais sofrem com o vandalismo são o Centro, Novo Mundo, Capão da Imbuia, Santa Cândida, Boqueirão, Capão Raso, Cidade Industrial e Alto da Rua XV. Analisando a distribuição geográfica, nota-se a proximidade de estádios de futebol e terminais de ônibus com grande tráfego de pessoas. Em 2009, os atos de vandalismo já custaram R$ 97 mil ao sistema integrado de transporte de Curitiba e região metropolitana. Dos 508 ônibus depredados no primeiro semestre, 152 eram alimentadores e 102 metropolitanos.
Linhas especiais
"A Federação Paranaense de Futebol precisa cooperar também. Os dados da Urbs mostram que a violência aumenta quando são marcados para o mesmo dia partidas dos três clubes da capital. Não dá para deixar isso acontecer, pois os torcedores violentos se encontram e depredam os ônibus, machucando as pessoas", diz o vereador, que defende linhas especiais para torcedores em dias de jogo. "Torcida organizada tem carteirinha, dá para separar quem é e quem não é registrado. Mas também é preciso investir na formação a longo prazo, em projetos nas escolas que ensinem as crianças a viver em harmonia umas com as outras, respeitando as diferenças", conclui Julião.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba