Juiz Sérgio Moro pode ser cidadão honorário de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 08/04/2015 14h30, última modificação 30/09/2021 06h55

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato, pode se tornar Cidadão Honorário de Curitiba. O projeto de lei (006.00006.2015) do vereador Chico do Uberaba (PMN) propõe a titulação. “Um cidadão que contribui positivamente pela imagem da nossa cidade. Peço às comissões que analisem com carinho a homenagem a este homem de caráter, que está dando uma resposta para o Brasil, que é visto lá fora como um país corrupto, mas que possui pessoas que trabalham sério para vencer esta corrupção”, disse o parlamentar na manhã desta quarta-feira (8).

Formado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Sérgio Fernando Moro tornou-se juiz federal em 1996. É mestre e doutor pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com especialização na Escola de Direito de Harvard (EUA). Participou também de programas de estudos sobre “lavagem de dinheiro” promovidos pelo departamento de Estado norte-americano com visitas a agências e instituições daquele país que atuam na contenção dessas práticas de corrupção. Autor de livros sobre o tema, Sérgio Moro atuou em diversos processos criminais envolvendo crimes financeiros contra a administração pública, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Durante o ano de 2012 atuou como juiz instrutor no Supremo Tribunal Federal, atuando diretamente no caso do Mensalão.  

Sérgio Moro é o juiz federal responsável pelos processos da Lava-Jato em Curitiba. A operação, da Polícia Federal, completou um ano em março e investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, empreiteiras e políticos brasileiros. Segundo estimativa do Ministério Público, os desvios passam dos R$ 4 bilhões. Mais de 100 pessoas foram denunciadas, entre elas 52 políticos, e mais de 20 ações criminais e cíveis foram produzidas.

Além da “Operação Lava Jato”, o juiz também conduziu o caso Banestado, que resultou em 97 prisões, e a “Operação Farol da Colina”, com mais de 100 prisões de suspeitos de evasão de divisas, sonegação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.