Instituto voltado à equoterapia pede apoio aos vereadores

por Assessoria Comunicação publicado 21/08/2013 17h20, última modificação 17/09/2021 08h54

A Tribuna Livre da Câmara Municipal debateu, nesta quarta-feira (21), a equoterapia, método de reabilitação de pessoas com deficiência que usa o cavalo e o ambiente como instrumento terapêutico. A Casa recebeu fisioterapeutas e uma paciente do Instituto Andaluz, sediado em Curitiba, responsável pelo atendimento de 120 crianças e jovens, 40% deles bolsistas. A proposição foi do vereador Paulo Rink (PPS).
    
A fisioterapeuta Ana Carolina Matos, presidente da entidade, explicou que o trabalho alia a equoterapia à assistência psicológica ao paciente e familiares. A maior parte dos jovens possui autismo e paralisia cerebral, dentre outras indicações da terapia. “O cavalo é usado como instrumento terapêutico porque é o animal com o movimento do anco mais semelhante ao do homem. O cadeirante tem a sensação de estar andando”, disse.
    
No entanto, segundo Ana Carolina, a fila de espera, “devido à falta de investimentos”, é de seis anos. Ela também afirmou que a entidade aguarda a liberação de emenda parlamentar de R$ 10 mil, que será usada para melhorias na pista de atendimento. Paulo Rink, por sua vez, destacou que a equoterapia é um método cientificamente comprovado para a reabilitação física e psíquica, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina, e que a capacidade do instituto é de receber até 200 pacientes.
    
“Precisamos do apoio dos vereadores para ampliar os atendimentos com a equoterapia e aos familiares dos jovens”, completou a fisioterapeuta Viviane Trauz, que também integra o Instituto Andaluz, fundado em 2008 e detentor da utilidade pública municipal. A entidade é mantida com a contribuição dos pais e responsáveis que têm condições financeiras e doações de pessoas físicas e jurídicas.
    
“É um belo trabalho, agradeço o instituto”, afirmou a paratleta Bianca Ribas, que relatou os avanços adquiridos por meio do método de reabilitação. Paciente do Instituto Andaluz, a jovem integra a seleção brasileira de bocha e, com o auxílio da equoterapia, prepara-se para os Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Sugestões
    
O líder do prefeito na Câmara de Curitiba anunciou, no debate sobre a emenda ao Instituto Andaluz, que vai apresentar na próxima segunda-feira (26), na reunião de lideranças, o posicionamento da Secretaria Municipal de Finanças quanto à execução das proposições ao orçamento municipal deste ano.
    
Pedro Paulo (PT) adiantou que o Executivo deve dar prioridade à liberação de recursos para instituições sem fins lucrativos e que as emendas parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2014 terão novo formato. Já Helio Wirbiski (PPS) destacou que, além de os vereadores poderem auxiliar por meio das proposições ao orçamento, pessoas físicas e jurídicas têm a possibilidade de abater do imposto de renda as doações a entidades como o Instituto Andaluz.
    
O presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV), sugeriu o intermédio dos vereadores junto à cavalaria da Polícia Militar, que também oferta a equoterapia, para a parceria entre as entidades. O Instituto Andaluz possui dois cavalos próprios e um cedido, e o gasto com o tratamento dos animais é elevado. Paulo Rink e Cristiano Santos (PV) se dispuseram a colaborar com a ideia.
    
Também participaram do debate a líder da oposição, Noemia Rocha (PMDB), e os vereadores Zé Maria (PPS), Valdemir Soares (PRB), Bruno Pessuti (PSC), Tico Kuzma (PSB), Tiago Gevert (PSC), Geovane Fernandes (PTB) e Tito Zeglin (PDT).