A Câmara de Curitiba aprovou, na sessão plenária desta terça-feira (6), o projeto de lei que concede a utilidade pública ao Instituto Cultural e Científico Brasil Japão (ICCBJ). A iniciativa, de autoria de Bruno Pessuti (PSD), foi acatada por unanimidade, com 23 votos favoráveis (014.00041.2016). A instituição trabalha na concepção e execução de atividades culturais e no desenvolvimento de atividades entre as nações amigas, com o objetivo de desenvolver o intercâmbio cultural e social entre Brasil e Japão.

Na tribuna, Bruno Pessuti salientou o Japão como exemplo de cultura e de sociedade organizada. “Uma nação com muita tecnologia, uma cultura única, que preza pelo respeito, pela correção em fazer as coisas, de maneira certa e ordeira, e que vieram ao Brasil há mais de cem anos, desenvolvendo aqui grandes colônias, tornando-se hoje brasileiros que amam esse país assim como nós”, declarou o vereador.

O líder do prefeito na Casa, Paulo Salamuni (PV), registrou o título de Cidadão Honorário de Curitiba concedido ao Cônsul Geral do Japão para os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Toshio Ikeda (leia mais). “Ousaria dizer que Curitiba seria menos sem a presença da comunidade japonesa. Lembro que meu pai, quando reitor da Universidade Federal do Paraná, na década de 1980, estreitou os laços com a Universidade de Himeji. Por todos os aspectos, é muito bem concedida esta utilidade pública”, pontuou.

O vereador Chico do Uberaba (PMN) também subiu à tribuna para saudar os integrantes do Instituto presentes na sessão e falou da sua experiência e vivência com a comunidade japonesa. “Por muito tempo usufrui dos conhecimentos dessa comunidade que contribuiu muito com nossa cidade, o estado e o país. Uma cultura que nos ensinou e que colaborou muito com o crescimento da nossa cidade”, declarou.

O exemplo do trabalho e da educação do povo japonês também foram elogiados pela vereadora Julieta Reis (DEM). “Só temos que nos exemplificar nessa cultura milenar que tem nos inspirado. Que essa irmandade seja ratificada por meio de convênios e parcerias”, disse. “[A declaração de utilidade pública] demonstra o carinho que temos com eles, com quem aprendemos muito. Com essa dinâmica, em prol das melhorias, se Deus quiser, a gente vai ver o mundo muito mais atraente, deixando um bom exemplo para as futuras gerações”, acrescentou Aldemir Manfron (PP). “Tenho grande admiração pelo povo japonês, pela inteligência e sua maneira de fazer as coisas”, finalizou Rogério Campos (PSC).

Após a aprovação da utilidade pública, o presidente do Instituto, Yoshiaki Oshiro, subiu à tribuna para agradecer o apoio dos vereadores e destacar um recente acordo de cooperação firmado entre nove universidades do Paraná com uma grande universidade japonesa, referência na área tecnológica, citando o uso do chamado nanotubo. “Dentro de algum tempo ouvirão falar disso, quando automóveis e aviões serão fabricados com esse material. Na área da agricultura também fizemos diversos acordos de cooperação”, contou Oshiro. Acompanharam a votação do projeto Masseu Habasaki, Fujio Takamura e Mário Azuma.