Instituto Bom Aluno terá utilidade pública municipal

por Assessoria Comunicação publicado 12/09/2017 14h40, última modificação 21/10/2021 07h33

Além da alteração da lei municipal 14.701/2015, que regulamenta as atividades dos artistas de rua, a Câmara de Curitiba aprovou outros três projetos em primeiro turno na sessão desta terça-feira (12). Um deles (014.00026.2017), de iniciativa do presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), concede a declaração de utilidade pública municipal ao Instituto Bom Aluno do Brasil (Ibab). Criada em  2000 com a função de incentivar estudantes de baixa renda por meio de capacitação educacional e técnico-profissional, a entidade atua na cidade há 11 anos.

Confira os resultados das votações aqui.(Obs.: nos painéis em que o voto de Tico Kuzma não aparece, o registro foi verbal)

“Todos os documentos, balanços e encargos sociais estão anexados ao projeto. A finalidade deste instituto é promover programas educacionais, voluntariado, treinamentos, capacitação profissional, apoio aos profissionais de educação, promoção de crédito educativo, produção de material didático, dentre outras ações”, explicou o autor. “Chama a atenção que os relatórios têm prestações de contas semestrais, que elencam as atividades mês a mês.”

Serginho destacou que o Ibab “além do preparo do aluno para o ensino superior, com bolsas parciais e integrais, incentiva o empreendedorismo”. “Nesse primeiro semestre”, continuou o vereador, “foram criados aplicativos de ônibus a pessoas com deficiência visual, de apostilas online, uma espécie de "Netflix" de livros, um projeto de empoderamento feminino a mulheres vítimas de abusos, mochilas para shows e grandes eventos, viabilizando a diminuição de lixo, e um site para vagas de emprego sem foto e com foco na especialização do indivíduo, tendo em visto o preconceito com tatuagens, por exemplo”.

Quanto ao voluntariado, ele apontou que a ideia é que “o aluno que passe pelo programa apadrinhe um novato”. “Para entrar, o estudante tem que ter notas exponenciais. O instituto foi idealizado por um empresário, hoje presidente do conselho [Francisco Simeão], e salvo engano já possui a utilidade pública estadual e a federal”, completou Serginho do Posto.

De acordo com Professor Silberto (PMDB), alunos do colégio estadual em que ele foi docente e diretor, no Sítio Cercado, participam do programa. “Conheço o projeto há uns dez anos. São estudantes carentes, que não teriam condições nem de pagar o transporte, e que hoje já se formaram até em Medicina. Eles bancam tudo: transporte, alimentação, inglês”, relatou. “Passam por uma seleção bem rigorosa mesmo, vão para um colégio particular fazer seus estudos, até o ensino superior, a pós-graduação. Vão para o exterior. Esses tempos tinha um ex-aluno nosso estudando na Noruega.” Para ele, o Ibab “incentiva bastante os bons alunos”.

Sobre o incentivo ao voluntariado, Oscalino do Povo (Pode) apontou que a prática também possibilita que os estudantes incrementem seus currículos. Ainda no debate da proposição, Tito Zeglin (PDT) destacou a iniciativa de empreendedorismo referente às apostilas online. Ele é autor da lei municipal 13.430/2010, que trata do peso máximo do material escolar a ser transportado por aluno.

Prêmios
O plenário ainda aprovou em primeiro turno dois projetos de decreto legislativo, de iniciativa da Comissão de Educação, Cultura e Turismo, para a concessão de homenagens. Um deles formaliza os 20 indicados pelos vereadores ao prêmio Professor João Crisóstomo Arns, instituído pela lei municipal 8.457/1994 e destinado a pessoas de destaque na educação e na cultura (089.00001.2017). O outro (096.00001.2017) traz os 17 nomes que receberão o Servidor Público Padrão, criado pela lei municipal 10.680/2003.

Presidente da Comissão de Educação, Professor Euler (PSD) destacou a biografia do frei João Crisóstomo Arns, falecido 2002, aos 87 anos, que se dedicou, além da vida religiosa, à educação. Tio do ex-senador Flavio Arns, foi o mais velho de 13 irmãos, dentre eles Zilda Arns e de dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.

“Estudou Filosofia, Teologia e Letras. Foi professor de Literatura Inglesa e Norte-Americana da UFPR e presidiu, por vários anos, a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus, mantenedora do grupo Bom Jesus, constituído pelos colégios Bom Jesus e FAE Centro Universitário, dentre outras iniciativas”, disse Euler. Crisóstomo Arns foi o fundador da Aldeia Franciscana, que deu origem ao grupo Bom Jesus. Também participaram do debate os vereadores Goura e Tito Zeglin, do PDT, e Sabino Picolo (DEM).