Inclusão social dos catadores de recicláveis é mote de audiência pública

por Assessoria Comunicação publicado 30/08/2013 14h50, última modificação 17/09/2021 10h24

A Câmara Municipal discute, nesta quarta-feira (4), a inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis por meio do Pró-Catador, programa do governo federal instituído em 2010. Proposta pela vereadora Professora Josete (PT), autora de projeto de lei referente à adesão da capital à iniciativa, a audiência pública será realizada das 14h às 18h, no plenário do Legislativo.
    
“A constituição do Pró-Catador é um exemplo de política pública que tem o desafio de contribuir para a inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis”, avalia a vereadora. “É uma forma de apoio e fomento à organização produtiva dos catadores, à melhoria das condições de trabalho e à expansão da coleta seletiva.”    
    
Foram convidados para a audiência pública representantes das secretarias municipais do Meio Ambiente e do Trabalho, do Fórum Lixo e Cidadania, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e do Instituto Lixo e Cidadania.
    
Em junho, representantes de entidades ligadas à categoria foram recebidos, na presidência da Câmara, por Josete e pelo líder do prefeito, Pedro Paulo (PT). Eles apresentaram reivindicações aos vereadores, que sinalizaram a realização da audiência pública para debatê-las. Na ocasião, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável disse que Curitiba conta com cerca de 15 mil catadores.

Projeto de lei
    
A Professora Josete é autora de projeto de lei (005.00298.2013) que determina a adesão de Curitiba ao Programa Pró-Catador, “em apoio e fomento à organização produtiva dos catadores de materiais recicláveis, à melhoria das condições de trabalho, à ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica e à expansão da coleta seletiva de resíduos sólidos, da reutilização e da reciclagem por meio da atuação desse segmento organizado em cooperativas ou associações autogestionárias”.
    
A matéria institui o conselho gestor do programa — com representantes de entidades ligadas à categoria, do Executivo e do Legislativo de Curitiba —, que passaria a integrar o sistema de limpeza urbana da capital. Também é prevista a remuneração às associações ou cooperativas, pelo município, por meio de contratos administrativos e com a dispensa de licitação, pelos serviços de coleta, triagem, beneficiamento, comercialização e tratamento dos resíduos sólidos recicláveis e orgânicos.
    
O texto trata, ainda, da concessão ou permissão de uso de imóveis da administração municipal pelas entidades conveniadas ao Pró-Catador e da proibição da incineração dos resíduos sólidos (e, no caso da queima do lixo para geração de energia, veda a concessão pública ou a formação de parceria público-privada). A proposta de lei encontra-se na Procuradoria Jurídica (Projuris) da Casa, à espera de instrução.