Incentivo ao esporte para pessoas com TEA avança na Câmara de Curitiba

por José Lázaro Jr. | Revisão: Ricardo Marques — publicado 03/12/2024 15h40, última modificação 03/12/2024 15h44
Com aval de Serviço Público, obrigatoriedade de categoria para pessoas com TEA em eventos esportivos de Curitiba segue para Comissão de Acessibilidade.
Incentivo ao esporte para pessoas com TEA avança na Câmara de Curitiba

Ao final da reunião, Mauro Ignácio, Tito Zeglin e Professora Josete fizeram comentários sobre o fim da legislatura. (Foto: Jean Lucredi/CMC)

A capital do Paraná está mais perto de ter uma política de incentivo à prática esportiva entre as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), depois de a Comissão de Serviço Público, nesta terça-feira (3), avalizar um projeto de lei com este objetivo na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A iniciativa apresentada pelo Professor Euler (MDB) teve o apoio do presidente do colegiado, Mauro Ignácio (PSD), e dos vereadores  Leonidas Dias (Pode) e Tito Zeglin (MDB).

Na versão atualizada do projeto do Professor Euler (005.00108.2022), o vereador inclui a obrigatoriedade de inclusão de subdivisão para pessoas com autismo, que tenham QI (quociente de inteligência) acima de 75, nas competições paradesportivas da cidade na lei municipal 15.767/2020 - que estabelece a Política Municipal de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (031.00024.2023). Agora, para a proposta ir a plenário, só falta o parecer da Comissão de Acessibilidade.

Serviço Público concorda com revisão dos polos gastronômicos de Curitiba

Na reunião, a Comissão de Serviço Público também endossou a tramitação do projeto de lei do vereador Marcos Vieira (PDT) que revisa todas as seis normas municipais que criaram polos gastronômicos em Curitiba. A intenção dele é retirar a previsão legal para a “repressão ao comércio ambulante irregular”, argumentando que a atividade já é regrada pela lei 6.407/1983, além do termo “repressão” ser inadequado, por criminalizar trabalhadores (005.00075.2024). Ignácio, Dias e Zeglin apoiaram a tramitação com base em um voto em separado da Professora Josete (PT).

Relator da proposta na Comissão de Serviço Público, Eder Borges (PL) tinha outra opinião sobre o projeto de lei, pois sugeriu devolver a proposição ao autor para que, se o trecho fosse retirado, ao menos ele fosse substituído por uma regulamentação da fiscalização dessas atividades dentro dos polos gastronômicos. Contudo, de forma unânime entre os presentes à reunião, esse parecer foi vencido, prevalecendo a indicação pela tramitação regimental. Agora o projeto segue para análise da Comissão de Urbanismo.