Com quatro casos de grande repercussão em 2022, o período ficou marcado como o ano em que a Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) mais foi demandada a se manifestar sobre o comportamento ético dos vereadores. Na lista estão o Processo Ético Disciplinar (PED) contra Renato Freitas, o e-mail ameaçando os vereadores negros da CMC, a consulta ao Judiciário do Paraná sobre o trânsito em julgado de processo contra Eder Borges e a queixa sobre o uso de carro oficial da CMC fora de Curitiba.

“Quero agradecer pela confiança depositada em mim logo no primeiro dia da legislatura, quando fui eleita com a Mesa para ser a corregedora da CMC, em parceria com Osias Moraes”, disse Amália Tortato, no dia 20 de dezembro, na sessão de encerramento do ano de 2022 na CMC. A partir deste ano, começa o mandato de corregedor do vereador Ezequias Barros (PMB), com Sargento Tânia Guerreiro (União) e Herivelto Oliveira (Cidadania) ocupando os dois cargos de vice do órgão.

“É uma função de muita responsabilidade, que eu busquei fazer com imparcialidade, na técnica e na seriedade, olhando para o nosso Regimento Interno e para as normas federais, estaduais e municipais”, afirmou Amália Tortato. “Foi um trabalho desenvolvido com bastante dedicação, que vem sendo construído pelos outros corregedores que ocuparam esse cargo [criado em 2010, para conduzir sindicâncias contra vereadores suspeitos de infração ética], com o objetivo de fortalecer o trabalho desta Casa”.

Referindo-se não só a 2022, mas a todo o seu mandato à frente da Corregedoria, Amália Tortato enumerou os casos em que trabalhou. “Nesses dois anos, tivemos três representações para abertura de PED, das quais uma teve manifestação prévia pelo arquivamento da denúncia; dois PEDs acompanhados e concluídos [junto ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar]; e duas sindicâncias instauradas. Estivemos à frente de processos que ganharam repercussão nacional, mas sempre fizemos um trabalho ético, sério e imparcial”, garantiu a parlamentar.

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