Hospitais terão macas próprias para obesos

por Assessoria Comunicação publicado 06/06/2007 19h00, última modificação 16/06/2021 09h45
Macas apropriadas para atendimento de pessoas obesas poderão fazer parte dos equipamentos hospitalares de Curitiba, ainda a partir deste ano. Projeto de lei do vereador Jorge Bernardi (PDT) prevendo esta obrigatoriedade foi aprovado pela Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira (6), com maioria absoluta de votos. Assim que a lei for sancionada pelo prefeito Beto Richa, as unidades hospitalares terão 120 dias para cumprimento das medidas, sob pena de multa atualizada por valores referenciais do IPTU.
Bernardi se baseou na Constituição Federal, que prevê, no artigo 23, a competência municipal para cuidado da saúde e assistência pública, proteção e garantia de pessoas portadoras de deficiência para ampliar essa legislação. Preocupado com a dimensão da obesidade no País e em Curitiba, o vereador tratou o assunto como problema de saúde pública. “Tivemos a intenção de assegurar a acessibilidade dos obesos a todos os hospitais da cidade, entendendo ser importante regulamentar em lei a obrigatoriedade de macas especiais que suportem grandes pesos”, justificou, lembrando que “catracas e assentos de ônibus, poltronas de cinema, roupas e até o uso de serviços públicos ainda são exemplos do crucial problema, principalmente para aqueles que necessitam de hospitalização”.
Doença
A obesidade está sendo tratada como doença há bastante tempo e Bernardi referiu-se às dificuldades que estes pacientes enfrentam, desde a limitação dos movimentos. Os obesos tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura e outras diversas complicações, algumas vezes de gravidade. O parlamentar também citou a sobrecarga da coluna e membros inferiores que os pacientes podem ter a longo prazo, apresentando degeneração das articulações ou doenças varicosas.
A obesidade pode ser por distúrbio nutricional, inatividade física, alterações endócrinas e causas genéticas. Todos casos, segundo Bernardi, “necessitam de uma atenção especial por parte das unidades hospitalares, para oferecer mais conforto, segurança e tranqüilidade aos pacientes, assim como o cumprimento ao que determina a legislação federal no atendimento aos portadores de algum tipo de deficiência”, finalizou.