Homenageado, José Roberto Borghetti é o novo cidadão honorário de Curitiba
Na noite desta sexta-feira (22), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC), em sessão solene no Palácio Rio Branco, entregou a José Roberto Borghetti o título de cidadão honorário da capital do Paraná. A homenagem foi proposta pela vereadora Maria Manfron (PP) e a cerimônia foi presidida pelo Professor Euler (PSD), segundo secretário do Legislativo, com familiares e amigos de José Roberto no plenário do prédio histórico.
Natural de Aratiba, no Rio Grande do Sul, o homenageado é irmão da ex-governadora Cida Borghetti, que esteve na cerimônia ao lado da filha, a deputada estadual Maria Victoria (PP). Formado em biologia, com mestrado no exterior, de 1985 a 2013 trabalhou na Usina Binacional de Itaipu. Sua ligação com o meio ambiente motivou a realização da cerimônia hoje, Dia Mundial da Água. A homenagem foi aprovada pelos vereadores no dia 6 de novembro do ano passado (006.00007.2018).
Em Itaipu, Borghetti foi consultor da Direção Geral Brasileira, gerente da área de Meio Aquático – que trabalha com recursos hídricos, limnologia, pesca, aquicultura, climatologia e sedimentologia – e lidou com a implementação do Ecomuseu da usina. Especialista em aquicultura, esteve à frente dos projetos Tanques de Rede, Escada de Peixe, Resgate de Peixes em Turbinas e do Centro de Educação Ambiental da Itaipu.
O homenageado prestou consultoria especializada para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), para quem estudou práticas de agricultura sustentável irrigada. No Brasil, Borghetti organizou o "Dia Mundial da Água" e o "Projeto Aguas do Amanhã", desenvolvido na Grande Curitiba. Também foi assessor de quatro ministros da Agricultura e Pecuária do Brasil. É autor de dezenas de livros, artigos e estudos científicos – sendo membro de órgãos como o CNPq e o conselho da Eletrobras.
“Sinto-me honrada em indicar José Roberto ao título de cidadão honorário de Curitiba”, declarou Maria Manfron. “Sua contribuição para a defesa do Meio Ambiente o faz merecedor deste título. É muito merecido que você receba esse prêmio, que é a cidadania da capital”, afirmou a parlamentar, após ler o extenso currículo do homenageado e lembrar, com carinho, que a família, de 13 irmãos, instalou-se no ano de 1968 em Curitiba.
“O papa Francisco escreveu hoje [uma mensagem] ao diretor geral da FAO”, disse Borghetti, após receber a cidadania de Curitiba das mãos de Maria Manfron – acompanhada na cerimônia pelo seu marido, o ex-vereador Aldemir Manfron, “que as novas gerações são chamadas a valorizar e a defender a água para o nosso sustento, em benefício das futuras gerações”. “As mudanças climáticas mostram que o planeta está desequilibrado”, avaliou Borghetti, dizendo que planeja fazer a sua parte para ser a mudança que deseja no mundo.
Disse o homenageado que “o mais importante de quem recebe esta honraria é colocar desafios como meta”. José Roberto Borghetti anunciou que planeja colocar-se como um articulador da sociedade civil, dos governos e dos setores produtivos em prol da recuperação do rio Iguaçu, cuja nascente fica na região de Curitiba, e corre, por 1.340 quilômetros, Paraná adentro, até formar as Cataratas do Iguaçu, em Foz. “Comecei o trabalho pela foz”, disse, referindo-se ao tempo de trabalho em Itaipu, “agora quero dedicar meus esforços para a nascente”.
O discurso foi sucedido por um elogio feito pelo Professor Euler, que disse estar contente em presidir uma sessão solene que homenageia um cientista. “Desvinculada do bom senso, a ciência é até perigosa. Mas temos [no homenageado] a simbiose, perdoem-me os biólogos, da ciência, do bom senso, da ética e da bondade”, afirmou, emocionando os presentes. Na mesa, além de Cida e Maria Victoria, também estava o ex-vereador Juliano Borghetti.
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