Homenageadas defendem aumento da participação feminina na política
Sessão solene da Câmara Municipal pelo Dia Internacional da Mulher, nesta segunda-feira (10), levantou debate sobre a necessidade de se ampliar a participação feminina na política brasileira, apesar das recentes conquistas. A homenagem teve a inauguração de uma galeria com a foto das 20 vereadoras e ex-vereadoras de Curitiba, a primeira delas eleita em 1947 (leia mais).
“A revolução feminina foi a maior do século 20”, avaliou o presidente da Casa, Paulo Salamuni (PV). “Avançamos a ponto de ter uma presidenta da República, mas gostaríamos de ter muito mais mulheres nos Parlamentos, que fosse meio a meio”, completou. A deputada federal Rosane Ferreira (PV-PR) alertou ao ranking da participação feminina na política, em que o Brasil está na 156ª posição.
“Estamos atrás de países como a Bolívia e os Emirados Árabes. Das 30 cadeiras na Câmara Federal que cabem ao Paraná, apenas duas são ocupadas por deputadas. É muito pouco, já que representamos 52% do eleitorado”, afirmou Rosane. “E por que precisamos aumentar a participação feminina na política? Porque o Brasil é o 7º país com mais mortes de mulheres, sendo que o Paraná é o 3º estado mais violento, com 88 mil assassinatos em 2013.”
Para a ex-vereadora Rosa Maria Chiamulera, “deve haver uma luta permanente pelos direitos da mulher. A violência doméstica é uma realidade”. Ela defendeu a reserva da cota mínima de 30% à candidatura de mulheres. Pioneira na representação brasileira no Parlamento da Itália, eleita pela União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos, a também ex-vereadora Renata Bueno disse que no país europeu a participação feminina já supera os 30%, e que se discute o mínimo de 50% de mulheres nas listas eleitorais.
“Queremos a paridade nas Casas de Leis. Precisamos fortalecer a democracia brasileira”, disse Maria Goretti, que ocupou em 2012 uma cadeira da Câmara de Curitiba. A igualdade entre homens e mulheres nos cargos eletivos também norteou o discurso da Dra. Clair, ex-vereadora e a primeira deputada federal do Paraná.
Além da violência contra a mulher, o debate alertou às desigualdades no mercado de trabalho, dentre outros problemas. Na análise da desembargadora Rosana Andriguetto de Carvalho, também há poucas juízas no estado. “Ainda existe a divisão sexual do trabalho. A mudança deve começar dentro de casa, para que a ocupação feminina do mercado de trabalho leve à ampliação da participação na política. Sou feminista sim”, analisou a Professora Josete (PT), que exerce o terceiro mandato consecutivo no Legislativo municipal.
Outra ex-vereadora de Curitiba, a secretária municipal extraordinária da Mulher, Roseli Isidoro, destacou a criação da pasta (“o primeiro ato da gestão”) e avanços nas políticas públicas da capital para a mulher. Dentre elas, a assinatura, no último sábado (8), do decreto para o lançamento da “Patrulha Maria da Penha”. “Dos 38 cargos de comando da prefeitura, 14 são ocupados por mulheres”, declarou.
“Estamos atrás de países como a Bolívia e os Emirados Árabes. Das 30 cadeiras na Câmara Federal que cabem ao Paraná, apenas duas são ocupadas por deputadas. É muito pouco, já que representamos 52% do eleitorado”, afirmou Rosane. “E por que precisamos aumentar a participação feminina na política? Porque o Brasil é o 7º país com mais mortes de mulheres, sendo que o Paraná é o 3º estado mais violento, com 88 mil assassinatos em 2013.”
Para a ex-vereadora Rosa Maria Chiamulera, “deve haver uma luta permanente pelos direitos da mulher. A violência doméstica é uma realidade”. Ela defendeu a reserva da cota mínima de 30% à candidatura de mulheres. Pioneira na representação brasileira no Parlamento da Itália, eleita pela União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos, a também ex-vereadora Renata Bueno disse que no país europeu a participação feminina já supera os 30%, e que se discute o mínimo de 50% de mulheres nas listas eleitorais.
“Queremos a paridade nas Casas de Leis. Precisamos fortalecer a democracia brasileira”, disse Maria Goretti, que ocupou em 2012 uma cadeira da Câmara de Curitiba. A igualdade entre homens e mulheres nos cargos eletivos também norteou o discurso da Dra. Clair, ex-vereadora e a primeira deputada federal do Paraná.
Além da violência contra a mulher, o debate alertou às desigualdades no mercado de trabalho, dentre outros problemas. Na análise da desembargadora Rosana Andriguetto de Carvalho, também há poucas juízas no estado. “Ainda existe a divisão sexual do trabalho. A mudança deve começar dentro de casa, para que a ocupação feminina do mercado de trabalho leve à ampliação da participação na política. Sou feminista sim”, analisou a Professora Josete (PT), que exerce o terceiro mandato consecutivo no Legislativo municipal.
Outra ex-vereadora de Curitiba, a secretária municipal extraordinária da Mulher, Roseli Isidoro, destacou a criação da pasta (“o primeiro ato da gestão”) e avanços nas políticas públicas da capital para a mulher. Dentre elas, a assinatura, no último sábado (8), do decreto para o lançamento da “Patrulha Maria da Penha”. “Dos 38 cargos de comando da prefeitura, 14 são ocupados por mulheres”, declarou.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba