Greve no transporte é abordada em plenário

por Assessoria Comunicação publicado 15/02/2012 18h55, última modificação 16/08/2021 09h32
O vereador Denilson Pires (DEM) informou em plenário, na tarde desta quarta-feira (15), que os motoristas e cobradores estão retomando o trabalho gradativamente depois de aceitar a proposta de reajuste das empresas. Conforme o parlamentar, a categoria receberá 10,5% de aumento e R$ 200 de vale-refeição, além de um abono único de R$ 300 a ser pago na folha salarial de junho.
Inicialmente, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) pedia um reajuste de 40% no valor dos salários e vale-alimentação de R$ 300. Já o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) tinha proposto 7% de aumento e vale-refeição de R$ 200.
Durante toda a greve, tanto a Justiça Comum como a Justiça do Trabalho determinaram a circulação de uma frota mínima, o que não ocorreu. Com os índices propostos pelo Ministério Público do Trabalho e aceitos pelas empresas e trabalhadores, os salários dos motoristas de ônibus passam para R$ 1.501,69 mais R$ 200 de vale-alimentação e os salários de cobradores vão para R$ 851,29 com R$ 200 de vale.
Presidente da Comissão de Serviço Público da Casa, o vereador Jair Cézar (PSDB), que iniciou o debate em plenário, informou que esteve com o presidente da Urbs, Marcos Isfer, debatendo sobre o reajuste e outras questões de interesse da população. Na tribuna, o parlamentar explicou que defende um escalonamento nos salários dos motoristas, ou seja, aqueles que conduzem veículos maiores e mais pesados seriam melhores remunerados que aqueles que são responsáveis por veículos menores. “Há diferença de desgaste desses profissionais e isso precisa ser reparado”, afirmou.
Na opinião do vereador Pedro Paulo (PT), a Urbs não soube mediar o diálogo entre trabalhadores e empresários. “Seria possível negociar sem penalizar a população”, ressaltou. Professora Josete (PT) considerou o reajuste justo e necessário. A vereadora disse ainda que “não é a população que deve pagar esse aumento nos salários. Isso não pode refletir em uma tarifa maior. Por isso, a necessidade de haver transparência em todo o processo”.