Greca anuncia 1º projeto à Câmara: venda de 400 t de feijão

por Assessoria Comunicação publicado 01/02/2017 11h25, última modificação 14/10/2021 08h12

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, disse aos vereadores nesta quarta-feira (1º), na primeira sessão plenária do ano, que sua primeira mensagem à Câmara Municipal será “inusitada”. “Podem pensar porque é um prefeito gordo, porque é guloso, mas eu vou pedir para salvar 400 toneladas de feijão”, adiantou. Segundo ele, o alimento perecível destinado à venda nos Armazéns da Família irá vencer antes de ser vendido à população cadastrada no programa social.

A ideia, completou Greca, é que os vereadores autorizem a venda do feijão em estoque ao restante da população e para que o produto seja servido nos Restaurantes Populares. Sobre outras ações do que chamou de “recuperação financeira” da prefeitura, o chefe do Executivo municipal declarou: “Fiquei pensando. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, se olhar de frente o bicho some. Vou olhar de frente para a dívida [anunciada nesta semana em R$ 1,27 bilhão]. Vou pedir que a Câmara olhe de frente”.

Prefeito defende avanços: “Parem com bobagem que sou higienista”

O prefeito não detalhou as medidas que o pacote de ajuste fiscal trará, mas adiantou que será refeita a “relação da prefeitura com o IPMC [Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba]” e que os pagamentos serão “equacionados”. Quanto à folha de pagamento com o funcionalismo público municipal, Greca afirmou que “não é possível que a cidade seja taxada em R$ 305 milhões por mês por uma burocracia que se torne insensível, impiedosa e surda aos interesses da população”.

O chefe do Executivo acrescentou que “nós temos a obrigação de trabalhar, a obrigação de servir, a obrigação de perguntar: "o que eu preciso fazer para a minha cidade?". E não quanto eu vou ganhar, quanto vai ser minha progressão, qual vai ser meu plano para avançar adiante”. “Temos que ser criativos na crise, operosos na dificuldade e firmes em nossos propósitos. Virtude pede cautela, mas pede sobremaneira arrojo”, completou o prefeito de Curitiba.

Líder do governo municipal na Câmara, Pier Petruzziello (PTB) declarou que a expectativa é votar mensagens urgentes do Executivo até o feriado de carnaval, dia 28 de fevereiro. “Esta Casa não faltará às responsabilidades com a cidade. Entendemos que o momento é difícil”, afirmou o presidente do Legislativo, vereador Serginho do Posto (PSDB), que anunciou à imprensa metas de austeridade da gestão. “Temos que nos empenhar com muita responsabilidade, responder aos anseios da população curitibana”, acrescentou.