Frente quer investigação sobre abortos clandestinos

por Assessoria Comunicação publicado 04/03/2008 17h40, última modificação 21/06/2021 06h55
Idealizador da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, contra o Aborto, o vereador João do Suco (PSDB) prestou contas, nesta segunda-feira (3), na Câmara de Curitiba, sobre sua recente viagem a Brasília, quando participou do I Encontro Brasileiro de Legisladores e Governadores pela Vida, no Congresso Nacional. O vereador informou que, além de um manifesto político em defesa da vida, foi lançada proposta para criação da CPI do Aborto. O manifesto deverá ser entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia, e do Senado, Garibaldi Alves Filho.
Entre outros temas, foram discutidas as políticas internacionais de controle da população mundial e estratégias pró-vida no Brasil, incluindo a resistência parlamentar e dos movimentos sociais contrários à legalização do aborto. “O objetivo foi proporcionar aos cidadão conhecimento das conseqüências do aborto, além de abordar as formas de concepção da vida”, afirmou João do Suco, que participou da mesa de discussões.
Para incentivar e premiar o município que implementar políticas públicas de erradicação da prática do aborto, foi criado o selo “Cidade pró-vida”. “As ações deverão ser voltadas à atenção da mulher gestante, principalmente no caso de gravidez indesejada”, acrescentou o parlamentar. O próximo encontro está marcado para 2010, em São Paulo.
CPI
Para João do Suco, a possibilidade de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso contemplou os objetivos da viagem. Segundo ele, o deputado Luiz Bassuma (PT-BA) iniciou a coleta de assinaturas para a criação da CPI para investigar a prática do aborto no País. O parlamentar aproveitou a presença dos 210 deputados e senadores da frente para lançar a proposta, que precisa de 180 assinaturas.
De acordo com João do Suco, a proposta da CPI do Aborto foi baseada em uma entrevista com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em abril do ano passado, quando o ministro teria assumido que existe comércio clandestino de mecanismos abortivos no Brasil e que deveria ser feito algo contra esse tipo de infração.
O encontro, preparatório para o 3° Encontro Mundial de Legisladores e Governantes pela Vida, abordou também maneiras de incentivar o governo federal a implementar políticas públicas nas áreas de educação, da saúde e da assistência social.