Representantes de escolas de samba e de blocos carnavalescos da capital estiveram na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), na tarde dessa segunda-feira (3), para participar da terceira reunião da Frente Parlamentar do Samba, do Carnaval e das Políticas Culturais. Também estiveram presentes no encontro diretores da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). A frente foi criada em abril, com o intuito de aprimorar a legislação municipal e as políticas públicas para a área, buscando mais aportes para o Carnaval da cidade.

A reunião foi conduzida pelo vereador Angelo Vanhoni (PT), que preside a frente. Ele ressaltou os esforços que têm sido realizados pelos participantes para ajudar na captação de mais recursos para as entidades que realizam o Carnaval da capital. “Curitiba tem muito samba, tem muita história. O importante agora é traçarmos planos para que a realização do evento reflita essa grandeza”, apontou.

Na reunião anterior da Frente do Samba, realizada em junho, levantou-se a possibilidade de direcionar recursos federais provenientes da Lei Paulo Gustavo para as escolas e blocos da cidade. Contudo, a diretora de Incentivo à Cultura da FCC, Loismary Pache, explicou que, em contato com o Ministério da Cultura e por meio de um parecer da Fundação Cultural, não é possível criar um edital específico para a festa.

O diretor de Planejamento da FCC, Beto Lança, disse que é importante que as escolas se atentem às cotas dos editais deste recurso, uma vez que o carnaval está diretamente ligado à tradição cultural dessas populações. “É possível enquadrar a atividade social das escolas nas manifestações da população negra, por exemplo”, ponderou. Ele completou que a Fundação Cultural está realizando oficinas para elaboração dos projetos para os editais, o que pode contribuir para as escolas se enquadrarem para a captação dos recursos.

O presidente da Imperatriz da Liberdade e da Liga das Escolas de Samba de Curitiba, Jefferson Pires Lima de Assis, disse que se reuniu com a presidente da FCC, Ana Cristina de Castro, e enfatizou a necessidade de brigar por um recurso maior para o orçamento. “Houve avanços, como a realização do desfile em dois dias, por exemplo, mas o valor destinado para as escolas de samba e blocos é muito aquém do que precisamos”, ressaltou.

O vereador Rodrigo Reis (União) ressaltou que trabalhará para que as emendas que os vereadores encaminharem para a festa sejam aplicadas de forma mais eficiente nas escolas. “O Carnaval curitibano pode crescer muito. Tenho certeza que, se a gente conseguir garantir a utilização desses recursos, a maioria dos vereadores vai querer contribuir com emendas”, afirmou. 

O vice-presidente do grupo, vereador Alexandre Leprevost (Solidariedade), lembrou ainda que o grupo vai intensificar a viabilização de recursos através de patrocínios para o desfile. “Não tenho dúvida de que há espaço para o crescimento do Carnaval de Curitiba. Nós, pela frente parlamentar, vamos buscar alternativas, especialmente as financeiras, para que isso aconteça e ganhe corpo”, pontuou. Uma nova reunião da frente foi agendada para o dia 3 de agosto.

* Do Gabinete da Presidência