Fim da bandeira vermelha é celebrado, mas vereadores pedem cuidados redobrados
Na primeira sessão plenária após o fim da bandeira vermelha na capital do Paraná, nesta quarta-feira (9), vereadores da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) celebraram a redução das medidas restritivas. Ao mesmo tempo, para que não haja uma nova piora dos indicadores epidemiológicos, rogaram à população que higienizem as mãos, usem máscaras e mantenham o distanciamento social enquanto a vacinação não for concluída. “É importante todos continuarem se cuidando”, resumiu Noemia Rocha (MDB).
Para Amália Tortato (Novo), a volta para a bandeira laranja é “um aceno de que a prefeitura ouviu os setores [da economia]”. “Agora a gente conta com o atendimento dos protocolos [sanitários] por todos os envolvidos”, disse a parlamentar, para depois acrescentar que aguarda a reabertura das escolas municipais e medidas para mitigar o impacto continuado da pandemia sobre o setor de eventos. Marcelo Fachinello (PSC) relatou reunião do segmento das academias e centros esportivos com a Saúde, ontem, antes da revisão das restrições. O vereador ressaltou que o protocolo para eles tem mais de 40 medidas de prevenção.
“Em 433 dias de pandemia, desde março de 2020, tivemos bandeira vermelha em apenas 33 dias”, enumerou o líder do governo, Pier Petruzziello (PTB), destacando o avanço da campanha de imunização na cidade, com “536 mil pessoas vacinadas com a primeira dose”. “Tão importante quanto ouvir o comércio, quanto ouvir as pessoas, é trabalhar com números, com dados e com a realidade. Se o índice tivesse aumentado, não estaríamos na bandeira laranja. Com a redução da retransmissão, com a ajuda de todos e com a chegada da vacina nós vamos superar esse momento catastrófico que vivemos no mundo”, afirmou.
“Dever cumprido”
Uma nota pública do prefeito Rafael Greca foi lida em plenário pelo vereador Pier Petruzziello. Na mensagem, o chefe do Executivo diz ter “a certeza do dever cumprido”. “Voltamos às cautelas sanitárias da bandeira laranja. Graças a Deus, a taxa de transmissão foi derrubada pelo esforço coletivo dos curitibanos responsáveis. Passou de 1,11 para 0,89. Diminuiu também o número de internamentos em leitos clínicos e vem reduzindo paulatinamente o número de internamentos nas UTIs”, justificou.
“Fatores que nos permitiram, mais uma vez, revogar as medidas mais restritivas impostas pela bandeira vermelha. Compreendemos o grande sacrifício de todos, principalmente do setor comercial, e suplicamos à inteligência para seguirmos derrubando a taxa de retransmissão. Somando responsabilidade sanitária com fartura de vacinas, que esperamos receber dos governos federal e estadual, chegaremos juntos ao sonhado tempo de cura. Quanto mais imunizantes tivermos, mais aplicaremos. Contamos com todos vocês. Se você ajudar, vai passar”, dizia a mensagem de Rafael Greca.
Lockdown em Curitiba
Durante a Tribuna Livre, e pela segunda vez em 2021, Lucas Ferrante, pesquisador do INPA, esteve na CMC para recomendar à Curitiba um lockdown mais rígido na capital. Ele destacou a eficácia da bandeira vermelha na redução das mortes, apesar da medida não ter limitado a circulação de pessoas acima do recomendado, que é de 90% (confira aqui). Nesta segunda explanação aos vereadores, ele frisou que há uma tendência de aumento de casos da covid-19 para junho e julho.
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