Festival de Curitiba, Universal em Angola e outras notas do dia 5 de abril

por José Lázaro Jr. e Mauricio Geronasso*, especial para a CMC — publicado 05/04/2022 16h55, última modificação 06/04/2022 09h32
Proposições lidas no pequeno expediente, debates, registros, visitas e outros conteúdos.

Festival de Curitiba
Lembrando da sua época como repórter, o vereador Herivelto Oliveira (Cidadania) lembrou as primeiras edições do Festival de Teatro de Curitiba, que em 2022 completou 30 anos de existência. “Eu acompanhei intensamente os primeiros anos, a partir de 1992, e hoje eu vejo essa estrutura gigantesca, com dezenas de espetáculos e grande público”, parabenizou. Oliveira destacou que, da equipe original, apenas Leandro Knopfholz permanece na direção do evento.

Universal em Angola I
Em plenário, o vereador Osias Moraes (Republicanos) repercutiu que “o Tribunal de Angola absolveu pastores de acusações e determinou a devolução dos templos e bens da [Igreja] Universal [do Reino de Deus] naquele país”. “A Justiça angolana afirma que os réus não praticaram crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e evasão de divisas, contrariando a acusação do Ministério Público. Após dois anos de perseguição, os réus foram absolvidos. A verdade tem que prevalecer”, afirmou.

Universal em Angola II
Fazendo um paralelo com a situação lá e episódios recentes relacionados à CMC, Moraes acrescentou que “[é parecido] com hoje, quando a gente vê muitos que se dizem cristãos e que atacam, invadem igreja, discriminam, chamam pastores de charlatão, trambiqueiro e outras coisas. A verdade vai prevalecer, ela não pode ser encoberta”. Na sequência, Renato Freitas (PT) respondeu às alusões ao seu caso, no Conselho de Ética, dizendo ser “injustamente acusado” de invadir a Igreja do Rosário. E que chamou o tratamento precoce contra a covid-19, com ivermectina e cloroquina, de método “mentiroso, charlatão e trambiqueiro”.

Universal em Angola III
A referência negativa ao tratamento precoce fez com que Ezequias Barros (PMB) protestasse, dizendo que salvou seu filho da covid-19 administrando, sem consultar os médicos, um remédio do kit. Defendendo as curas divinas, disse que “não há explicação para aquilo que Deus faz”. Eder Borges (PP) também ingressou na conversa para dizer que “não tenho nada pessoal contra o vereador [Freitas]”, mas que a Câmara deve dar a ele “uma punição exemplar”.

Crítica à gestão do MEC I
A vereadora Professora Josete (PT) trouxe para a Câmara de Curitiba a discussão sobre a denúncia que resultou no afastamento de Milton Ribeiro do cargo de Ministro da Educação. “Agora tem mais uma mudança no Ministério da Educação, que assumiu após a abertura de uma investigação contra Ribeiro, suspeito de favorecer prefeituras na liberação de recursos do FNDE, tendo dois pastores como intermediários e a pedido do presidente Jair Bolsonaro”, criticou Josete. “Além da troca de ministros, o MEC foi utilizado como meio de aparelhamento ideológico. Não teve projeto relevante. Só cortes e desmonte”, disse.

Crítica à gestão do MEC II
“[A atitude atribuída aos pastores] não condiz com a ética da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. [Assim que forem] apuradas e comprovadas [as denúncias] a nossa comunidade entrará com uma ação interna. São 100 anos em que a nossa igreja contribui com a sociedade, muitas vezes fazendo o que o poder público não faz”, comentou Noemia Rocha (MDB), à crítica de Josete, justificando que a defesa é por ser da mesma congregação que os citados. Na sequência, a vereadora do PT elogiou a ética da colega e disse concordar que não é adequado generalizar casos isolados. Logo depois, Eder Borges disse que “é tragicômico ver petista falando de corrupção” e que não havia corrupção na gestão Bolsonaro.

Ruas do Novo Mundo
Ezequias Barros (PMB) voltou a cobrar da Prefeitura de Curitiba mais atenção às ruas do bairro Novo Mundo que, na opinião do parlamentar, “precisam de uma revitalização completa, para dar uma nova cara à região”. Ele se queixou que há vias há décadas sem recuperação, cuja sobreposição de reparos as deixou parecendo com um “cobertor todo remendado”.

Programa Fundo Rotativo*
Um substitutivo geral (031.00021.2022), apresentado pelo vereador Professor Euler (MDB), altera o teor do projeto de lei que dispõe sobre a implantação do Programa Fundo Rotativo para unidades educacionais da Secretaria Municipal da Educação (005.00272.2021). Do teor original, ele faz ajustes técnicos a fim de garantir maior segurança às escolas na contratação de profissionais de contabilidade devidamente habilitados ao órgão da classe.

Praça e horta*
Ambos os requerimentos do vereador João da 5 Irmãos (PSL) solicitam informações à Prefeitura de Curitiba e tratam de questões envolvendo terrenos desocupados, na rua Antônio Candido Cavalim, no Bairro Alto. O primeiro aborda a possibilidade de implantação de praça para lazer e recreação (062.00226.2022). O segundo questiona sobre a implantação de horta comunitária (062.00227.2022).

Adoção de logradouros*
A vereadora Amália Tortato (Novo) solicita informações à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e à Secretaria Municipal de Urbanismo sobre o número e especificações de logradouros públicos adotados pela iniciativa privada – nos termos da lei 11.642/2005. De acordo com a parlamentar, não existem dados para análise nos portais do Município (062.00228.2022).

Passagens Aéreas*
Informações sobre a quantidade e os critérios utilizados para compra de passagens aéreas na classe executiva e na primeira classe pela administração pública é o tema de um novo pedido de acesso a informações do vereador Professor Euler (MDB) à Prefeitura de Curitiba (062.00229.2022).

Jardim Botânico*
O vereador Professor Euler (MDB) também solicitou informações à Prefeitura de Curitiba sobre a cobrança de Estar aos finais de semana dentro do Jardim Botânico (062.00230.2022).

Fundação de Ação Social*
Dois requerimentos do vereador Professor Euler (MDB) tratam de questões da Fundação de Ação Social (FAS). O primeiro solicita informações sobre os profissionais da Psicologia (062.00231.2022) e o segundo dos assistentes sociais (062.00232.2022). Ambos questionam a Prefeitura de Curitiba sobre o número concursados e terceirizados lotados na FAS.

*Nota elaborada pelo estudante de Jornalismo Mauricio Geronasso*, especial para a CMC
Supervisão do estágio: José Lázaro Jr.
Revisão: Vanusa Paiva