Evento reúne mulheres da Câmara de Curitiba no dia 8 de março

por Assessoria Comunicação publicado 08/03/2017 15h35, última modificação 14/10/2021 14h53

“A gente merece as homenagens, a gente merece o dia 8 de março, mas temos bastante a conquistar. A discriminação não acabou”. Essa é a síntese das declarações colhidas nesta quarta-feira, em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, durante evento que reuniu as mulheres da Câmara de Curitiba. Vereadoras, servidoras, funcionárias das empresas terceirizadas e familiares participaram  de um café da manhã no auditório do Legislativo, seguido por uma palestra da empresária e jornalista Lúcia Almeida.

Segundo a palestrante, a ideia é discutir a ação das mulheres na sociedade, a atuação profissional e a  vida pessoal pela abordagem da autoestima. “A nossa imagem é consequência de quem nós somos, de como eu me vejo, por isso a autoestima é importante”, comentou Lúcia Almeida. O evento foi organizado pelos 30 vereadores da Câmara de Curitiba, sob a coordenação de Zezinho do Sabará (PSB), como forma de agradecer à bancada feminina e às mulheres da instituição pela dedicação. “São vocês, mulheres, que fazem tudo acontecer no Legislativo”, reconheceu Serginho do Posto (PSDB), presidente da instituição.

Antes da diretora do Departamento de Administração e Finanças (DAF), Aline Bogo, falar em nome das servidoras, a vereadora Julieta Reis (DEM) tinha dito, em tom descontraído, que elas, as mulheres, mereciam todas aquelas homenagens. “A gente merece, sim”, reforçou Aline, confirmando o tom da atividade. “Na correria do dia a dia a gente não reflete sobre a importância do dia 8 de março, no que ele significa. Por isso eu queria agradecer por essa oportunidade, de nos reunirmos todas aqui no dia de hoje”, disse.

Desde 1975, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), é celebrado mundialmente o Dia Internacional da Mulher na data de 8 de março. A comemoração já aconteceu em outros dias, antes da unificação pela ONU, geralmente associados a lutas por melhores condições de trabalho e direito ao voto. “Sabemos das lutas lá de trás, do papel da ONU, mas parece que as [nossas] conquistas acontecem de empurrão em empurrão”, analisou Norma Correia, que trabalha no mandato do vereador Cacá Pereira (PSDC). “Um dia só, no fundo, parece muito pouco”, protestou.

“O local em que eu sinto mais esse preconceito contra as mulheres é no trânsito”, comentou Jozeane Novais, servidora efetiva do Legislativo. “Tem situações em que você percebe, no homem, que quando ele nota que a motorista é uma mulher, busca se prevalecer”, queixou-se. Maria Elias dos Santos, auxiliar de serviços gerais, que trabalha na terceirizada Higiserv, disse não lembrar de ter sofrido preconceito, e que neste dia queria mesmo era abraçar as colegas para comemorar o Dia da Mulher, afinal de contas, “nós trabalhamos juntas”.

Para a procuradora jurídica da Câmara Municipal, Priscila Perelles, o 8 de março é para afirmar perante a sociedade o papel fundamental das mulheres, pois “há um histórico de enfrentamento da submissão [das mulheres], que gerou conquistas importantes”, mas também é uma chamada “para a valorização do ser humano” na superação dessas distinções e das violências que elas causam. “Que as conquistas já alcançadas se multipliquem, que sejam seguidas por mais e mais conquistas”, desejou Zezinho do Sabará (PSB), articulador do evento, em outra frase que resumiu bem a atividade.