Ética e participação popular garantidas na Câmara
Novos mecanismos que asseguram conduta ética à prática parlamentar e a participação da sociedade civil organizada na elaboração de projetos de lei foram aprovados pela Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira. A partir de 2005, além do Regimento Interno, os vereadores estarão submetidos ao Código de Ética Parlamentar, instrumento que zela pelo aprimoramento democrático da instituição. A Comissão Permanente de Participação Legislativa, também será outro instrumento de avanço democrático, possibilitando a elaboração de leis com o auxílio direto da sociedade.
Os dois projetos de lei foram aprovados em segundo turno, por unanimidade, na sessão desta quarta-feira (08). O Código de Ética recebeu sete emendas ao texto final que a Comissão Especial elaborou sobre a proposta inicial do vereador José Aparecido Alves, o Jotapê (PSB). Uma delas prevê a suspensão temporária do mandato, quando o vereador praticar atos contrários à ética, em ofensa física ou moral aos seus pares, a qualquer cidadão ou grupos de cidadãos que assistam as sessões plenárias. Os parlamentares serão obrigados, ainda, a prestar solidariedade política a todos os cidadãos, mesmos os perseguidos, injustiçados, excluídos ou discriminados.
Para ampliar a eficácia das leis aprovadas no Legislativo curitibano, a nova Comissão de Participação Legislativa contará com a participação popular. Além de entidades de sociedade civil, a nova comissão receberá sugestões de sindicatos, órgãos de classe, entidades científicas ou culturais.
Para os vereadores que justificaram seu voto, a Casa de Leis de Curitiba deu um grande passo na direção da transparência democrática. André Passos (PT), relator do Código de Ética, e Jotapê, da Comissão Participativa, concordaram que a aprovação dos dois projetos está mudando a história da relação da Câmara de Curitiba com a sociedade. O presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB) também destacou a importância de fortalecer o processo democrático junto à vontade popular.
A Comissão Especial que analisou o Código de Ética foi composta pelos vereadores André Passos (PT), José Aparecido Alves (PSB), Julieta Reis (PFL), Pastor Valdemir Soares (PL) e Paulo Frote (PSDB).
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