Setembro Amarelo: por ano, cerca de 12 mil brasileiros tiram a própria vida
O Palácio Rio Branco estará iluminado de amarelo para chamar a atenção ao suicídio entre os dias 1 e 3, e 9 e 30 de setembro. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Por mais um ano consecutivo, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) está apoiando a Campanha Internacional de Combate ao Suicídio e Valorização da Vida, Setembro Amarelo. Entre os dias 1 e 3, e 9 e 30 deste mês, o Palácio Rio Branco, sede do plenário, estará iluminado com a cor amarela. O objetivo é chamar a atenção da população que passa pelo entorno do Legislativo sobre a necessidade de cuidar da sua saúde mental, para que gestos extremos de socorro, como o suicídio, possam ser prevenidos.
“[É o momento de] lembrarmos da importância da prevenção ao suicídio”, explicou o presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros), no começo da sessão plenária desta terça-feira (1º). Segundo o vereador, a Mesa Diretora atendeu o pedido da Associação Paranaense de Psiquiatria (APPSIQ), por intermédio do vereador Alexandre Leprevost (Solidariedade), para que o palácio voltasse a ser iluminado de amarelo esse ano em setembro.
Conforme a entidade, desde 2014 o movimento “Setembro Amarelo” acontece no mundo todo e a data que marca a campanha é 10 de setembro, o Dia Mundial de Combate ao Suicídio. “O tema continua sendo tabu, motivo de vergonha ou de condenação, sinônimo de loucura, assunto proibido na conversa com filhos, pais, amigos e até mesmo com o profissional de saúde. Mas, as estatísticas mostram que o suicídio precisa, sim, ser discutido, pois trata-se de um problema que vai muito além do sofrimento individual”, diz a APPSIQ.
Por ano, no Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios; no mundo são mais de 1 milhão de pessoas. Isso significa que, a cada 40 segundos, em alguma parte do planeta uma pessoa tira a sua própria vida. “Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. E segundo a Organização Mundial da Saúde, é uma séria questão para a saúde pública, mas também a esperança, pois o fato é que, a mesma organização estima que 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos”, continua o alerta da Associação Paranaense de Psiquiatria.
“O suicídio é um problema de saúde pública, segundo o Ministério da Saúde. O número é triste, é assustador e precisa ser debatido aqui na CMC”, disse Leonidas Dias (Solidariedade), ao também tratar do tema no pequeno expediente da sessão plenária. Segundo o vereador, em Curitiba, a política pública de saúde mental é executada pela Rede de Atenção Psicossocial e o assunto precisa ser desmistificado para que mais pessoas possam ser salvas.
Leonidas Dias também informou que, além dos CAPSs (Centros de Atenção Psicossocial), mantidos pela prefeitura e que dão suporte a este tipo de atendimento na cidade, a população também pode contar com outros canais, como os sites setembroamarelo.com, mantido pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, coordenadoras da campanha Setembro Amarelo no país; e o setembroamarelo.org.br, de responsabilidade da ONG CVV – Centro de Valorização da Vida, que também presta atendimento 24 horas, sete dias por semana, através do 188.
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