Estatuto da Juventude volta à pauta do plenário

por Assessoria Comunicação publicado 07/12/2012 18h00, última modificação 10/09/2021 08h02
A Ordem do Dia da próxima terça-feira (11) prevê a votação em primeiro turno do projeto de lei que cria o Estatuto da Juventude de Curitiba. A matéria, de iniciativa do vereador Pedro Paulo (PT), chegou a ser debatida em plenário na última semana, mas teve a análise adiada por duas sessões, após acordo firmado entre as lideranças partidárias. O texto refere-se às pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
O autor da proposta afirma que a expectativa é reforçar os direitos fundamentais e deveres dos jovens. Seis emendas tramitam junto ao documento. Apresentadas por Pedro Paulo, as proposições foram sugeridas pelo Conselho Municipal da Juventude, órgão colegiado de caráter consultivo, regulamentado por lei. Uma delas atribui à entidade a fiscalização do cumprimento do estatuto. Também é prevista a elaboração do Plano Municipal de Juventude, com a participação de associações e organizações representativas dos jovens.
O Estatuto da Juventude compreende, além de deveres, direitos dos jovens quanto à dignidade, ao trabalho, à educação, à saúde, à sexualidade, à cultura, ao esporte, lazer e tempo livre, à inclusão social, à participação social e política, à informação e comunicação, ao meio ambiente equilibrado e à prestação de serviço social voluntário.
O projeto prevê, dentre outros itens, esforços do Executivo municipal para promover ações de qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho; a emissão, sem custo, da carteira estudantil; acesso gratuito à internet; bolsas de incentivo à iniciação científica e artística; pré-vestibulares voltados à preparação de negros e pardos, e creche para os filhos das jovens mães.
Violência doméstica
A garantia, pelo poder público municipal, de atendimento multidisciplinar aos autores de violência doméstica e familiar será analisada em plenário na próxima quarta (12), em primeira discussão. De iniciativa da vereadora Maria Goretti (PSDB), a matéria pretende garantir a recuperação do agressor, que poderia buscar acompanhamento por vontade própria, determinação judicial ou encaminhamento da Delegacia da Mulher.
O projeto prevê abordagem na área da saúde, inclusive em psicologia, com duração mínima de 16 horas, e capacitação aos profissionais envolvidos na aplicação da lei. O programa seria vinculado à Fundação de Ação Social (FAS).
Para a autora da proposta, a reeducação adequada do autor da violência permite seu retorno ao núcleo familiar e preserva o direito constitucional de proteção à família. Se aprovada a matéria, a regulamentação da norma caberá ao Executivo municipal.