Especialista fala sobre inovação e tecnologia

por Assessoria Comunicação publicado 12/05/2010 17h50, última modificação 29/06/2021 10h43
Inovação na área do empreendimento foi o tema da tribuna livre desta quarta-feira (12), na Câmara de Curitiba. O convite para o professor Sérgio Scheer, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), discorrer sobre o assunto foi do vereador Julião Sobota (PSC), que, ao apresentar o especialista aos demais parlamentares, reiterou a necessidade de fomentar a criação e o desenvolvimento de novos produtos e empresas inovadoras para agregar melhorias na renda e geração de empregos na cidade. “O professor estuda a importância do desenvolvimento científico e tecnológico, visando o crescimento econômico e social”, informou Sobota, acrescentando que “a tecnologia aliada ao conhecimento é uma das ferramentas mais importantes na área do empreendedorismo.”
Sérgio Scheer, autor de mais de 30 artigos, atua na UFPR desde 1981, nas áreas de engenharia civil, ciência da computação, educação à distância e inovação e tecnologia. Atualmente, coordena quatro projetos de pesquisa e é pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, assim como diretor executivo da Agência de Inovação da instituição.
Ele falou sobre os desafios na educação superior, da importância da pesquisa para a compreensão das necessidades atuais e busca da sustentabilidade. “Não há futuro sustentável se o sistema de ciência nacional não se relaciona com o sistema nacional de inovação, com a incorporação de valor a produtos de exportação, distribuição de renda e acesso à saúde”, disse, esclarecendo que a inovação tecnológica compreende a introdução de produtos no mercado ou processos tecnologicamente novos e melhorias significativas que tenham sido implementadas em produtos e processos existentes.
O conceito de inovação é, segundo o especialista, a implementação de um produto novo ou significativamente melhorado, processos, novos métodos de marketing ou organizacional nas práticas de negócios, organização do local de trabalho ou nas relações externas. A Lei de Inovação, assim como os investimentos do governo federal para realização do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI), em parceria com o outros planos, entre eles o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também foram abordados na apresentação.

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Diversos vereadores comentaram a iniciativa da UFPR na inovação e no empreendedorismo, visando a formação de profissionais melhores e qualificados para o mercado de trabalho. O líder do prefeito, vereador Mario Celso Cunha (PSB), destacou a importância do processo e se disse encantado pelo trabalho realizado. “O empreendedorismo proposto é necessário para a sociedade e digno de aplausos, possibilitando a competição com o mercado internacional”, disse. Também professor da UFPR, o vereador Omar Sabbag Filho (PSDB) comparou as inovações propostas pela instituição de ensino com as comissões especiais do Legislativo, que têm apreciado temas curitibanos.
Os recursos disponíveis desde 2006 para pesquisas em universidades brasileiras foram lembrados pelo vereador Emerson Prado (PSDB), que lamentou que a UFPR não esteja inscrita neste processo. Curitiba foi conceituada como cidade inovadora pelo vereador Juliano Borghetti (PP), que lembrou que a capital paranaense serve de exemplo para outras cidades do País e de fora, recebendo pessoas do mundo inteiro que vêm conhecer as inovações. A aproximação entre a UFPR, a Câmara de Curitiba e a prefeitura foi vista positivamente pelos vereadores Caíque Ferrante (PRP) e Serginho do Posto (PSDB), que parabenizou a instituição pela representatividade e pelo centenário, comemorado este ano.
Questões como o intercâmbio econômico entre a UFPR e instituições estrangeiras, objetivando parcerias para o desenvolvimento de ações e projetos, foram tratadas pelas vereadoras Renata Bueno (PPS) e Professora Josete (PT). O líder do PDT, vereador Roberto Hinça, lamentou que muitas das ideias inovadoras não cheguem ao mercado e ao consumidor, citando como exemplo os carrinhos de catadores de papel modificados. “Não houve interesse público em dar continuidade ao processo”, informou.