Escolas cívico-militares têm moção de apoio em Curitiba

por Fernanda Foggiato | Revisão: Ricardo Marques — publicado 29/11/2023 17h55, última modificação 30/11/2023 09h19
Moção de apoio ao modelo cívico-militar é assinada por 6 vereadores de Curitiba. Moção de protesto não foi votada.
Escolas cívico-militares têm moção de apoio em Curitiba

“Colégio cívico-militar é para quem quer estudar e para quem quer respeito”, disse Eder Borges. (Foto: Carlos Costa/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) acatou, na sessão plenária desta quarta-feira (29), moção de apoio às escolas cívico-militares. O debate foi puxado por um dos coautores da proposição, o vereador Eder Borges (PP). “Colégio cívico-militar é para quem quer estudar e para quem quer respeito”, defendeu. A moção foi aprovada em votação simbólica (sem o registro no painel eletrônico), com cinco votos contrários.

Borges elogiou o governador Ratinho Junior pela “coragem” de “peitar o plano de destruição da educação do Brasil”, em referência à proposta para ampliar o modelo cívico-militar para mais 127 unidades da rede estadual de ensino, 27 delas em Curitiba. Para que isso ocorra, a comunidade escolar foi chamada a participar de uma consulta pública. 

Além dele, Beto Moraes (PSD), Ezequias Barros (PMB), Pier Petruzziello (PP), Sargento Tânia Guerreiro (União) e Osias Moraes (Republicanos) assinam a moção de apoio (416.00022.2023). Borges voltou a falar que foi hostilizado durante a etapa municipal da Conferência Nacional de Educação (Conae), evento realizado na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), nos dias 13 e 14 de novembro.

Borges rebateu, ainda, fala de Professora Josete (PT) de que ele “vomitaria mentiras” e outras críticas feitas por ela nesta terça (28), durante o debate de uma moção de protesto à ampliação do modelo cívico-militar, que ainda não foi votada. “[A fala da vereadora] vem confirmar o que eu digo, que sindicalistas não têm a menor condição de educar os nossos filhos”, declarou. 

Apresentada por Angelo Vanhoni (PT), a moção de protesto chegou a ser debatida tanto na segunda (27) quanto na terça-feira, mas o autor estava ausente do plenário no momento em que a proposição retornaria à pauta, nesta manhã (413.00012.2023). “A própria Constituição separa a vida civil da vida militar”, citou Vanhoni. Diversos parlamentares participaram da discussão.