Escola pública levará nome de Mário Covas
Projeto do vereador Celso Torquato (PSDB), que denomina de Mário Covas uma das escolas públicas da cidade, foi aprovado na sessão plenária desta terça-feira (5), na Câmara de Curitiba.
Na tribuna, o vereador Mario Celso Cunha (PSDB) fez a defesa. “Covas é marca de credibilidade, atitude e coragem na história do Brasil. Curitiba deve perpetuar a memória de Covas, pessoa insubstituível na política”, disse o líder do prefeito na Casa, lembrando, ainda, que o prefeito Beto Richa; o presidente da Câmara, vereador João Cláudio Derosso, e o presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, Celso Torquato, dentre outros parlamentares, também pertencem ao PSDB.
Torquato explicou que a sugestão do projeto é do prefeito. “O nome de Covas transcende um líder político, é uma lembrança do grande brasileiro”, disse o vereador Jorge Bernardi (PDT), argumentando que há projeto aprovado na Casa que denomina de Leonel Brizola uma das escolas públicas. O vereador Angelo Batista (PP) lembrou que Covas criou o Rodoanel em São Paulo, “merecedor da homenagem principalmente por este feito”.
O também tucano vereador Serginho do Posto comentou que seu primeiro voto à Presidência da República foi para Mário Covas. “Covas foi um homem ético, digno, tratava as pessoas com igualdade. Foi uma figura maravilhosa, de grandeza extraordinária. Esta é uma justa homenagem”, concluiu a vereadora Nely Almeida, também PSDB.
Biografia
Nascido em Santos (SP), em 1930, Covas faleceu em 2001, quando estava à frente do governo de São Paulo. Formou-se em Engenharia Civil, participando ativamente da militância da União Nacional dos Estudantes (UNE). Depois de formado, passou em concurso público para a Prefeitura de Santos.
Em 1962, elegeu-se deputado federal, rumando sua trajetória política a partir do golpe militar. Covas ajudou a fundar o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), liderando nomes como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Franco Montoro.
Com o Ato Institucional número 5, o parlamentar teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, em 1969, dedicando-se novamente à atividade de engenheiro, sem distanciar-se da política. Assim que recuperou os direitos políticos, Covas foi eleito pelos antigos companheiros do MDB presidente da legenda em São Paulo. Foi, em seguida, o principal articulador para a criação do PMDB e seu presidente estadual por três vezes.
Em 1982, voltou à Câmara dos Deputados. Em 83, foi secretário de Transportes. Em seguida, foi indicado prefeito de São Paulo, ficando no cargo até dezembro de 1985. Nos 33 meses em que ocupou a Prefeitura, Covas priorizou obras e serviços na periferia. Era uma tentativa de "encurtar as distâncias sociais" da cidade, como costumava dizer. Dessa gestão, uma das principais marcas foi a instituição do passe gratuito para idosos no transporte coletivo.
Maior votação
Em 1986, foi eleito senador com 7,7 milhões de votos, a maior votação da história do País até então. Covas foi líder do PMDB na Assembléia Constituinte e articulou as comissões temáticas que garantiram a participação da sociedade na elaboração da nova Carta Magna.
Dois anos depois, teve papel de destaque na criação do PSDB, partido que, segundo ele, era uma "nova construção" e nascia "alicerçado na esperança". Meses depois, foi eleito o primeiro presidente da nova legenda. No ano seguinte, nas primeiras eleições diretas para presidente depois do fim da ditadura, foi escolhido candidato pelo partido e terminou a eleição em quarto lugar.
Em 1990, o tucano foi candidato a governador de São Paulo e ficou em terceiro lugar. Nas eleições de 94, foi eleito governador daquele Estado, tendo como vice Geraldo Alckmin, a quem dedicava amizade fraterna.
Em sua primeira gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes, saneou as finanças e aplicou severo ajuste fiscal nas contas paulistas, mesmo antes da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 1998, o governador foi reeleito e liderou grande programa de investimentos para o Estado até sua morte, em 2001. Mesmo doente, Covas recusou-se a se afastar do cargo durante o tratamento de mais de dois anos contra o câncer, alegando que "trabalhar não mata ninguém". Em coerência com sua trajetória pública, o governador recusou-se a esconder "a coisa", como se referia à enfermidade, e expôs sua luta e fé ao País.
Na tribuna, o vereador Mario Celso Cunha (PSDB) fez a defesa. “Covas é marca de credibilidade, atitude e coragem na história do Brasil. Curitiba deve perpetuar a memória de Covas, pessoa insubstituível na política”, disse o líder do prefeito na Casa, lembrando, ainda, que o prefeito Beto Richa; o presidente da Câmara, vereador João Cláudio Derosso, e o presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, Celso Torquato, dentre outros parlamentares, também pertencem ao PSDB.
Torquato explicou que a sugestão do projeto é do prefeito. “O nome de Covas transcende um líder político, é uma lembrança do grande brasileiro”, disse o vereador Jorge Bernardi (PDT), argumentando que há projeto aprovado na Casa que denomina de Leonel Brizola uma das escolas públicas. O vereador Angelo Batista (PP) lembrou que Covas criou o Rodoanel em São Paulo, “merecedor da homenagem principalmente por este feito”.
O também tucano vereador Serginho do Posto comentou que seu primeiro voto à Presidência da República foi para Mário Covas. “Covas foi um homem ético, digno, tratava as pessoas com igualdade. Foi uma figura maravilhosa, de grandeza extraordinária. Esta é uma justa homenagem”, concluiu a vereadora Nely Almeida, também PSDB.
Biografia
Nascido em Santos (SP), em 1930, Covas faleceu em 2001, quando estava à frente do governo de São Paulo. Formou-se em Engenharia Civil, participando ativamente da militância da União Nacional dos Estudantes (UNE). Depois de formado, passou em concurso público para a Prefeitura de Santos.
Em 1962, elegeu-se deputado federal, rumando sua trajetória política a partir do golpe militar. Covas ajudou a fundar o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), liderando nomes como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e Franco Montoro.
Com o Ato Institucional número 5, o parlamentar teve o mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos, em 1969, dedicando-se novamente à atividade de engenheiro, sem distanciar-se da política. Assim que recuperou os direitos políticos, Covas foi eleito pelos antigos companheiros do MDB presidente da legenda em São Paulo. Foi, em seguida, o principal articulador para a criação do PMDB e seu presidente estadual por três vezes.
Em 1982, voltou à Câmara dos Deputados. Em 83, foi secretário de Transportes. Em seguida, foi indicado prefeito de São Paulo, ficando no cargo até dezembro de 1985. Nos 33 meses em que ocupou a Prefeitura, Covas priorizou obras e serviços na periferia. Era uma tentativa de "encurtar as distâncias sociais" da cidade, como costumava dizer. Dessa gestão, uma das principais marcas foi a instituição do passe gratuito para idosos no transporte coletivo.
Maior votação
Em 1986, foi eleito senador com 7,7 milhões de votos, a maior votação da história do País até então. Covas foi líder do PMDB na Assembléia Constituinte e articulou as comissões temáticas que garantiram a participação da sociedade na elaboração da nova Carta Magna.
Dois anos depois, teve papel de destaque na criação do PSDB, partido que, segundo ele, era uma "nova construção" e nascia "alicerçado na esperança". Meses depois, foi eleito o primeiro presidente da nova legenda. No ano seguinte, nas primeiras eleições diretas para presidente depois do fim da ditadura, foi escolhido candidato pelo partido e terminou a eleição em quarto lugar.
Em 1990, o tucano foi candidato a governador de São Paulo e ficou em terceiro lugar. Nas eleições de 94, foi eleito governador daquele Estado, tendo como vice Geraldo Alckmin, a quem dedicava amizade fraterna.
Em sua primeira gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes, saneou as finanças e aplicou severo ajuste fiscal nas contas paulistas, mesmo antes da aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Em 1998, o governador foi reeleito e liderou grande programa de investimentos para o Estado até sua morte, em 2001. Mesmo doente, Covas recusou-se a se afastar do cargo durante o tratamento de mais de dois anos contra o câncer, alegando que "trabalhar não mata ninguém". Em coerência com sua trajetória pública, o governador recusou-se a esconder "a coisa", como se referia à enfermidade, e expôs sua luta e fé ao País.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba