Entidades reconhecem avanços da lei antifumo

por Assessoria Comunicação publicado 11/07/2012 15h50, última modificação 02/09/2021 11h22
Prestes a completar três anos de existência em Curitiba, a lei antifumo colhe resultados positivos. Aprovada pela Câmara Municipal em agosto de 2009 e em vigor desde o dia 19 de novembro daquele ano, o dispositivo proíbe o fumo em ambientes fechados de uso coletivo. Dados da pesquisa telefônica Vigitel 2011, divulgados pelo Ministério da Saúde, mostram que Curitiba tem mais adultos ex-fumantes do que fumantes. Enquanto o número dos que afirmam ter abandonado o vício soma 24% da população, os fumantes seriam 20%.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, quem luta para abandonar o cigarro pode participar de um dos 38 grupos de apoio existentes, que contam com a ajuda de profissionais de saúde e, quando necessário, medicamentos. “Atualmente, cerca de 700 pessoas participam desses grupos, pois as chances de superar o problema são bem maiores quando se pode contar com essa ajuda, que teve um grande apoio com o advento da lei antifumo”, observa Raquel Cubas, diretora do Centro de Informação da secretaria. Ela acrescenta que tem sido feito um trabalho intensivo de fiscalização e informa que desde a vigência da lei já foram feitas 4,2 mil inspeções específicas para bares, restaurantes e casas noturnas. Desse total, foram encontradas irregularidades em 230, que foram autuados.
O presidente da Associação Paranaense de Combate ao Fumo, Jonatas Reichert, que também é médico pneumologista, classifica a legislação curitibana como um exemplo para o Brasil, mas acredita que três anos de vigência ainda é um prazo curto para se notar uma mudança efetiva de hábito da população. De acordo com o especialista, pesquisas mostram que a maior parte dos consumidores de tabaco pensa em parar, mas não consegue. Ele considera que a norma fez com que os dependentes tomassem medidas mais drásticas, como buscar tratamento. “Porém, o maior avanço é a proteção aos não fumantes, principalmente crianças e idosos, pois sem as restrições eles se tornavam usuários passivos”, destaca. Reichert lembra que o cigarro causa até 56 tipos de doenças, que atingem os órgãos respiratórios, o coração e causam tumores, e defende a prevenção como principal ação de combate ao tabagismo.
Números da lei antifumo
Inspeções realizadas pela secretaria de Saúde: 4,2 mil
Irregularidades encontradas e autuadas: 230
Grupos de apoio para fumantes: 38
Participantes dos grupos de apoio: 700