Entidades debatem impactos da Copa
O plenário da Câmara Municipal foi palco, na tarde de quinta-feira (10), de debate sobre os impactos da Copa do Mundo de 2014 para Curitiba. Promovido pelo comitê local do projeto Jogos Limpos, que reúne entidades da sociedade civil nas cidades-sede para o acompanhamento da preparação do país para a competição, o evento trouxe diferentes pontos de vista sobre questões relativas ao evento.
O presidente da Casa, vereador João Luiz Cordeiro (PSDB), destacou a importância da atividade e da participação popular para a discussão desses impactos. Ele também afirmou que a Câmara vem desenvolvendo um trabalho muito bom na aproximação da população, por meio da Comissão Especial para Acompanhamento dos Assuntos relacionados com a Copa de 2014 e com a Olimpíada de 2016, que já realizou dez audiências públicas desde o início de seus trabalhos, em 2011.
O vereador Pedro Paulo (PT), presidente da comissão, disse que o objetivo do grupo é buscar a interação com a população, e que o número de pessoas reunidas nas audiências públicas, que chegou a 1,5 mil, poderia ser maior. O parlamentar avalia que o controle das informações relativas ao evento esportivo pode ter a contribuição de todos. "A exigência da transparência é obrigação do poder público e do cidadão", acrescentou. Jorge Yamawaki (PSDB), que integra o grupo especial de trabalho, também representou a Casa nas discussões.
Fernando Guimarães, presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), falou sobre a determinação da entidade que paralisou os repasses às obras no estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada. Segundo ele, o convênio pode ser ajustado. "O papel do TCE é acompanhar e apresentar esclarecimentos à sociedade. O momento é adequado à participação da sociedade. Todos precisamos nos engajar", declarou.
O conselheiro ressaltou que um debate como esse também chama a atenção para outras questões, como o aspecto social das desapropriações. Ele sugeriu que os presentes no evento discutam como atrair os cidadãos para a participação no controle social e propôs a criação de um grupo, do qual seria o articulador, para que diferentes entidades apresentem sua pauta de prioridades em cima da qual os órgãos de controle pudessem agir. “Que a Copa é fato, é fato. Então vamos ajudar a fiscalizar e a proteger o interesse coletivo, sem descuidar dos individuais”, completou Guimarães.
Debate
Foram realizados dois painéis, um referente ao panorama nacional e o outro ao municipal, seguidos de espaço para diálogo com o público. Com opiniões divergentes, foram discutidos, entre outros temas, legado do evento para o país e a capital do estado, fiscalização de licitações, contratos e obras, portais da transparência, Lei de Acesso à Informação, participação da sociedade civil, compromissos assumidos junto à Fifa, atuação da imprensa, mobilidade urbana, qualificação da mão de obra, Lei Geral da Copa, desapropriações e a reforma da Arena.
Aberto a novas parcerias, o Jogos Limpos é formado pelas seguintes entidades: Instituto Ethos, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Observatório das Metrópoles, Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Instituto Brasileiro de Auditorias de Obras Públicas (Ibraop), Controladoria-Geral da União no Paraná (CGU-PR), Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais (Abrascam). Além dos integrantes do projeto, o debate reuniu representantes de movimentos como o Comitê Popular da Copa Curitiba (que apresentou uma nota de repúdio ao convênio para as obras no Joaquim Américo), poder público, associações, categorias de trabalho e instituições de ensino.
Legado
O evento apresentou diferentes pontos de vista sobre o legado da Copa do Mundo para a cidade e o país. Para Cordeiro, "a Copa vai deixar à cidade um legado muito grande, de obras e para o turismo". Já Pedro Paulo o definiu como "a herança dos investimentos", e disse esperar que haja impacto positivo no ponto de vista da educação desportiva, na rede pública municipal.
Betina Sarue, coordenadora de políticas públicas do Instituto Ethos, defendeu que o maior legado, superior ao da melhoria da infraestrutura nas cidades-sede, é "o de valores que podemos estimular no país". Já Susana Costa, da Secretaria Municipal Extraordinária da Copa 2014 da prefeitura (Secopa), disse que a preparação para o Mundial tem aproximado diferentes esferas do governo. "É um aprendizado para o município que não tem preço, um momento único", avaliou.
Comissão especial
A comissão especial da Câmara Municipal para a Copa promove, na sexta-feira da próxima semana (18), das 9h às 12h, seminário para discutir a implementação da tecnologia 4G nas cidades-sede.
Pedro Paulo destaca que esse foi um dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Fifa para receber a competição. Já está confirmada a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, entre outras autoridades e representantes do setor de tecnologia.
O presidente da Casa, vereador João Luiz Cordeiro (PSDB), destacou a importância da atividade e da participação popular para a discussão desses impactos. Ele também afirmou que a Câmara vem desenvolvendo um trabalho muito bom na aproximação da população, por meio da Comissão Especial para Acompanhamento dos Assuntos relacionados com a Copa de 2014 e com a Olimpíada de 2016, que já realizou dez audiências públicas desde o início de seus trabalhos, em 2011.
O vereador Pedro Paulo (PT), presidente da comissão, disse que o objetivo do grupo é buscar a interação com a população, e que o número de pessoas reunidas nas audiências públicas, que chegou a 1,5 mil, poderia ser maior. O parlamentar avalia que o controle das informações relativas ao evento esportivo pode ter a contribuição de todos. "A exigência da transparência é obrigação do poder público e do cidadão", acrescentou. Jorge Yamawaki (PSDB), que integra o grupo especial de trabalho, também representou a Casa nas discussões.
Fernando Guimarães, presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), falou sobre a determinação da entidade que paralisou os repasses às obras no estádio Joaquim Américo, a Arena da Baixada. Segundo ele, o convênio pode ser ajustado. "O papel do TCE é acompanhar e apresentar esclarecimentos à sociedade. O momento é adequado à participação da sociedade. Todos precisamos nos engajar", declarou.
O conselheiro ressaltou que um debate como esse também chama a atenção para outras questões, como o aspecto social das desapropriações. Ele sugeriu que os presentes no evento discutam como atrair os cidadãos para a participação no controle social e propôs a criação de um grupo, do qual seria o articulador, para que diferentes entidades apresentem sua pauta de prioridades em cima da qual os órgãos de controle pudessem agir. “Que a Copa é fato, é fato. Então vamos ajudar a fiscalizar e a proteger o interesse coletivo, sem descuidar dos individuais”, completou Guimarães.
Debate
Foram realizados dois painéis, um referente ao panorama nacional e o outro ao municipal, seguidos de espaço para diálogo com o público. Com opiniões divergentes, foram discutidos, entre outros temas, legado do evento para o país e a capital do estado, fiscalização de licitações, contratos e obras, portais da transparência, Lei de Acesso à Informação, participação da sociedade civil, compromissos assumidos junto à Fifa, atuação da imprensa, mobilidade urbana, qualificação da mão de obra, Lei Geral da Copa, desapropriações e a reforma da Arena.
Aberto a novas parcerias, o Jogos Limpos é formado pelas seguintes entidades: Instituto Ethos, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), Observatório das Metrópoles, Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Instituto Brasileiro de Auditorias de Obras Públicas (Ibraop), Controladoria-Geral da União no Paraná (CGU-PR), Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) e Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais (Abrascam). Além dos integrantes do projeto, o debate reuniu representantes de movimentos como o Comitê Popular da Copa Curitiba (que apresentou uma nota de repúdio ao convênio para as obras no Joaquim Américo), poder público, associações, categorias de trabalho e instituições de ensino.
Legado
O evento apresentou diferentes pontos de vista sobre o legado da Copa do Mundo para a cidade e o país. Para Cordeiro, "a Copa vai deixar à cidade um legado muito grande, de obras e para o turismo". Já Pedro Paulo o definiu como "a herança dos investimentos", e disse esperar que haja impacto positivo no ponto de vista da educação desportiva, na rede pública municipal.
Betina Sarue, coordenadora de políticas públicas do Instituto Ethos, defendeu que o maior legado, superior ao da melhoria da infraestrutura nas cidades-sede, é "o de valores que podemos estimular no país". Já Susana Costa, da Secretaria Municipal Extraordinária da Copa 2014 da prefeitura (Secopa), disse que a preparação para o Mundial tem aproximado diferentes esferas do governo. "É um aprendizado para o município que não tem preço, um momento único", avaliou.
Comissão especial
A comissão especial da Câmara Municipal para a Copa promove, na sexta-feira da próxima semana (18), das 9h às 12h, seminário para discutir a implementação da tecnologia 4G nas cidades-sede.
Pedro Paulo destaca que esse foi um dos compromissos assumidos pelo Brasil junto à Fifa para receber a competição. Já está confirmada a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, entre outras autoridades e representantes do setor de tecnologia.
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