Enterramento da fiação aérea é tema de audiência pública
A prefeitura de Curitiba está mapeando todos os postes da região central, para exigir que as empresas usuárias desses equipamentos públicos cumpram a legislação municipal (quatro “pontos de fixação” por poste). O administrador da Regional da Matriz, Maurício Figueiredo Lima Neto, confirmou a realização desse levantamento, nesta terça-feira (1°), durante audiência pública promovida pelo vereador Pedro Paulo (PT). O objetivo do encontro era debater a possibilidade de enterrar a fiação elétrica e das operadoras de telefonia e tevê a cabo.
“Nós já apresentamos um relatório fotográfico da região central, que mostra muita coisa irregular, com mais de quatro empresas no mesmo poste. Também constatamos falta de projetos de engenharia. Existem estruturas, hoje, que são utilizadas por empresas sem autorização da prefeitura. E não se cobra nada por isso. São postes públicos sendo usados por empresas privadas para auferir lucro”, reclamou Maurício Figueiredo, citando postes "clandestinos" e uso ilegal das estruturas de iluminação pública. Ele informou que grupos de trabalho foram montados para lidar com essa situação.
Pedro Paulo também convidou para compor a mesa Antônio Taboada, arquiteto do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Milton José Marcolan, gerente do Departamento de Planejamento de Expansão e Disribuição da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), e o vereador Bruno Pessuti (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. “O enterramento da fiação é um desafio que precisa ser enfrentado, mas não nos interessa fazer nada na pressa, no afogadilho. É importante que esse debate gere uma norma efetiva”, afirmou Pedro Paulo.
“Se a Copel fosse enterrar toda a rede aérea que possui hoje em Curitiba precisaria gastar mais de R$ 13 bilhões. Contudo, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não permite que nós façamos uma obra desse porte e repassemos o custo para o usuário. O custo por quilômetro enterrado pode variar de cinco a 12 milhões”, explicou Marcolan, da Copel. Ele informou que a companhia “aluga” postes para 20 empresas em Curitiba, mas que no Paraná esse número sobe para 150. “Se todas essas empresas começassem a operar na capital não haveria nem infraestrutura aérea suficiente”, alertou.
O representante do Ippuc, Antônio Taboado, disse que o assunto também está sob análise do instituto. “No ano que vem haverá a revisão do Plano Diretor de Curitiba, então foi montado um grupo de trabalho para discutir esse assunto”, informou. Também relatou que outras cidades adotaram parcialmente o enterramento da fiação aérea, para preservar o anel central, centros de negócios, comércios ou setores de interesse histórico. “Quem usa a Linha Turismo precisa desviar da fiação”, pontuou Bruno Pessuti.
“Vamos centralizar essas discussões espalhadas e incentivar a população a denunciar usos irregulares de postes, com mais de quatro “pontos de afixação”, linhas penduradas ou com cabos soltos”, sintetizou Pedro Paulo. Durante o debate com representantes das empresas Oi, Claro, Embratel e GVT, foram levantadas questões técnicas e financeiras, que permaneceram sob análise da Câmara Municipal. “O principal problema parece ser o grande investimento necessário, pois existem materiais e procedimentos que permitem o enterramento”, comentou o vereador.
Público
Participaram da audiência pública: Amabilon Dalcomuni, coordenador de Assuntos Comunitários da Administração Regional da Matriz; Gerson Salibian, assistente técnico da Administração Regional de Santa Felicidade; José Maria Jolyfe, gerente de Materiais da Copel; José Zancanela e Ademir de Mattos, analistas comerciais da Copel Distribuição; Guilherme Strozzi, engenheiro elétrico da Copel; Leonardo Salles, analista de Telecomunicações da Embratel; Wilson Oliveira de Souza Filho, consultor de engenharia da Embratel; Ademar Todeschi, Técnico em Telecom da Embratel; Miguel Bueno Filho, engenheiro de Telecomunicações da Oi; Areovaldo Figueiredo, diretor-regional dos Correios; Marcos Pombo, assessor de Comunicação dos Correios; Rosana Dalledonte, gerente da Coordenadoria de Obras da Curitiba, na Secretaria Municipal do Trânsito; Luciana Andrade, analista de licenciamento da Claro; Emidio de Moraes, gerente de implantação de redes da GVT; Afonso Chaves Júnior, diretor de relações institucionais da GVT; Lucila Battistuz, diretora de relações institucionais da Oi.
“Nós já apresentamos um relatório fotográfico da região central, que mostra muita coisa irregular, com mais de quatro empresas no mesmo poste. Também constatamos falta de projetos de engenharia. Existem estruturas, hoje, que são utilizadas por empresas sem autorização da prefeitura. E não se cobra nada por isso. São postes públicos sendo usados por empresas privadas para auferir lucro”, reclamou Maurício Figueiredo, citando postes "clandestinos" e uso ilegal das estruturas de iluminação pública. Ele informou que grupos de trabalho foram montados para lidar com essa situação.
Pedro Paulo também convidou para compor a mesa Antônio Taboada, arquiteto do Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), Milton José Marcolan, gerente do Departamento de Planejamento de Expansão e Disribuição da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica), e o vereador Bruno Pessuti (PSC), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. “O enterramento da fiação é um desafio que precisa ser enfrentado, mas não nos interessa fazer nada na pressa, no afogadilho. É importante que esse debate gere uma norma efetiva”, afirmou Pedro Paulo.
“Se a Copel fosse enterrar toda a rede aérea que possui hoje em Curitiba precisaria gastar mais de R$ 13 bilhões. Contudo, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não permite que nós façamos uma obra desse porte e repassemos o custo para o usuário. O custo por quilômetro enterrado pode variar de cinco a 12 milhões”, explicou Marcolan, da Copel. Ele informou que a companhia “aluga” postes para 20 empresas em Curitiba, mas que no Paraná esse número sobe para 150. “Se todas essas empresas começassem a operar na capital não haveria nem infraestrutura aérea suficiente”, alertou.
O representante do Ippuc, Antônio Taboado, disse que o assunto também está sob análise do instituto. “No ano que vem haverá a revisão do Plano Diretor de Curitiba, então foi montado um grupo de trabalho para discutir esse assunto”, informou. Também relatou que outras cidades adotaram parcialmente o enterramento da fiação aérea, para preservar o anel central, centros de negócios, comércios ou setores de interesse histórico. “Quem usa a Linha Turismo precisa desviar da fiação”, pontuou Bruno Pessuti.
“Vamos centralizar essas discussões espalhadas e incentivar a população a denunciar usos irregulares de postes, com mais de quatro “pontos de afixação”, linhas penduradas ou com cabos soltos”, sintetizou Pedro Paulo. Durante o debate com representantes das empresas Oi, Claro, Embratel e GVT, foram levantadas questões técnicas e financeiras, que permaneceram sob análise da Câmara Municipal. “O principal problema parece ser o grande investimento necessário, pois existem materiais e procedimentos que permitem o enterramento”, comentou o vereador.
Público
Participaram da audiência pública: Amabilon Dalcomuni, coordenador de Assuntos Comunitários da Administração Regional da Matriz; Gerson Salibian, assistente técnico da Administração Regional de Santa Felicidade; José Maria Jolyfe, gerente de Materiais da Copel; José Zancanela e Ademir de Mattos, analistas comerciais da Copel Distribuição; Guilherme Strozzi, engenheiro elétrico da Copel; Leonardo Salles, analista de Telecomunicações da Embratel; Wilson Oliveira de Souza Filho, consultor de engenharia da Embratel; Ademar Todeschi, Técnico em Telecom da Embratel; Miguel Bueno Filho, engenheiro de Telecomunicações da Oi; Areovaldo Figueiredo, diretor-regional dos Correios; Marcos Pombo, assessor de Comunicação dos Correios; Rosana Dalledonte, gerente da Coordenadoria de Obras da Curitiba, na Secretaria Municipal do Trânsito; Luciana Andrade, analista de licenciamento da Claro; Emidio de Moraes, gerente de implantação de redes da GVT; Afonso Chaves Júnior, diretor de relações institucionais da GVT; Lucila Battistuz, diretora de relações institucionais da Oi.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba