Energia elétrica fotovoltaica poderá ser gerada em parques

por Assessoria Comunicação publicado 12/11/2019 07h30, última modificação 11/11/2021 08h53

Os lagos dos parques de Curitiba poderão receber placas para a geração de energia solar. Tramita na Câmara Municipal um projeto de lei do vereador Bruno Pessuti (PSD) – que é engenheiro mecânico e professor de energias renováveis para o curso de engenharia ambiental na Unifaesp (Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná) – para que a instalação destas estruturas possa ser feita diretamente pelo Poder Público por meio de concessão onerosa, convênios ou parcerias (005.00201.2019).

O propositor enumera que a utilização de placas fotovoltaicas flutuantes já é feita em países como Inglaterra e Japão e é utilizado no Brasil na Barragem de Sobradinho (BA). “No caso de lagos como o do Barigui, que tem o objetivo principal de ajudar a conter enchentes, poderia ser aproveitado para a implantação desse sistema e gerar mais de 150.000 KW/h em uma planta com 1 hectare de área.”

“Sabe-se que Curitiba é uma cidade que não possui muitos dias de sol, porém a capacidade de geração de energia fotovoltaica é superior aos melhores lugares da Alemanha, por exemplo.” Pessuti cita na justificativa da matéria a afirmação de um engenheiro eletricista e pesquisador do Centro de Energias do Tecpar, André da Silva Gomes: "Temos índices médios de radiação solar maiores do que a média de países europeus que utilizam essa fonte de energia há muito tempo. As temperaturas mais baixas também potencializam o desempenho do sistema, o que é outra vantagem da cidade".

O autor lembrou que em outubro deste ano foi inaugurada a Central Geradora Hidrelétrica no parque Barigui para aproveitar a queda dágua existente no local. “Em sequência disso, poderia ser utilizado o potencial solar existente. Por se tratar de um grande lago municipal, é possível destinar uma área dele para a instalação de painéis em suportes flutuantes que irão gerar muita energia e ajudar a reduzir os custos de prefeitura com energia elétrica em longo prazo. Estima-se que investimentos como esse têm um retorno financeiro em seis anos e uma durabilidade de no mínimo 25 anos.”

Tramitação
Após o protocolo da proposição no Legislativo e a leitura no pequeno expediente de uma sessão plenária, ocorrida no dia 7 de outubro, o projeto começou a tramitar oficialmente na Câmara de Curitiba. Primeiro a matéria recebe uma instrução técnica da Procuradoria Jurídica e então segue para as comissões temáticas do Legislativo. Durante a análise dos colegiados, podem ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto ou o posicionamento de outros órgãos públicos afetados por seu teor. Depois de passar pelas comissões, a matéria segue para o plenário e, se aprovada, para a sanção do prefeito para virar lei.