Em visita à Câmara, Francischini discorda de reforma da Previdência

por Assessoria Comunicação publicado 27/03/2017 12h25, última modificação 15/10/2021 08h21

“Eu não votarei a reforma da Previdência nesse texto em que ela está”, afirmou o deputado federal Fernando Francischini (SD/PR) em passagem pela Câmara de Curitiba nesta segunda-feira (27), durante a sessão plenária. O parlamentar foi recepcionado pela colega de legenda, a vereadora Katia Dittrich. A declaração ocorreu no ensejo da discussão do Sindicato do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac), que estava no Legislativo para discutir o ajuste fiscal proposto pelo prefeito e pelas mudanças mudanças na previdência municipal (leia mais).

“Em alguns momentos a gente se soma em relação ao debate sobre a reforma da Previdência. [A idade de] 65 anos, num país em que a expectativa de vida é um pouco mais do que isso, é muito alta, principalmente se você vai criar uma regra genérica e dizer que vai ter um soldado da Polícia Militar que vai ter que ficar até os 65 anos de idade ou um professor dentro da sala de aula dando aula em pé todos os dias, com o estresse da profissão”, declarou. Segundo Francischini, muitos parlamentares consideram que há um “exagero” ao se estabelecer esta idade mínima para a aposentadoria.

Em seguida, a vereadora Professora Josete (PT) foi à tribuna e reforçou o convite para a reunião pública sobre a reforma da Previdência que ocorre nesta segunda, às 18h, no auditório do Anexo II da Câmara (leia mais). Na avaliação de Josete, as mudanças propostas pelo governo federal representam um “desmonte” do sistema da seguridade social.

“É uma proposta perversa, não só pela questão da idade, já citada pelo deputado. Mas que prejudica mais ainda a categoria dos trabalhadores rurais, em especial as mulheres, que começam a trabalhar aos 10 anos de idade e vão morrer trabalhando. Temos muitas  diferenças no país”, declarou. “Talvez para um trabalhador que conclui a faculdade com 25 anos de idade e nunca trabalhou antes, trabalhar até os 65 anos não faça diferença. Mas para o trabalhador rural, para aquele da periferia ou a empregada doméstica que teve o recolhimento da contribuição esporádico, estes serão os mais atingidos”, acrescentou.