Em solenidade, Câmara exalta a passagem do Dia do Trabalho
Na última quinta, a Câmara homenageou os trabalhadores na passagem do Dia do Trabalho. Iniciativa foi da vereadora Flávia Francischini. (Foto: Carlos Costa/CMC)
Por iniciativa da vereadora Flávia Francischini (União), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) promoveu na quinta-feira (5) a entrega de premiações relativas ao Dia do Trabalho. A solenidade, que foi realizada no Palácio Rio Branco, teve a presidência da vereadora proponente e contou com Rodrigo Reis como mestre de cerimônias. Compuseram a mesa: Walter César, professor; Fernando Francischini; Paulo Naiuaki, da Fecomércio e superintendente do Instituto Municipal de Turismo; Cristiana Lopes, vice-procuradora chefe do Ministério Público do Paraná; Osvaldo Eustáquio, jornalista; Luis Fernando Favaro Busnardo, representando a Superintendência Regional do Trabalho do Paraná; Coronel Prat, representando a PM-PR; Malu Gomes, policial; e Cássio Colombo.
A vereadora Flávia Francischini parabenizou todos os trabalhadores curitibanos e lembrou que todo trabalho realizado possibilita não somente geração de renda e economia para a cidade, mas, principalmente, traz condições dignas para a sociedade. Ela destacou a situação das pessoas com deficiência, parcela da população que, de acordo com ela, ainda precisa de um olhar mais cuidadoso. “Há 11 anos, pude mudar meu modo de ver as coisas. A chegada do Bernardinho, que é um anjo azul, me ensina dia após dia sobre as pessoas com deficiência”, declarou a vereadora. Para Flávia Francischini, é necessário informar à população sobre o tema e não só inserir a pessoa com deficiência no mercado de trabalho, mas qualificá-la por meio de ações, projetos e políticas públicas. “Até o momento, meu mandato protocolou 4 projetos com esse objetivo: de criar perspectivas de futuro para pessoas com deficiência”, explicou.
Ela também falou sobre as condições das mulheres no trabalho. Para a vereadora, faz-se necessário que mais mulheres ocupem cargos eletivos. “Convivemos ainda com uma grande desigualdade. Mulheres desempregadas são em maior número do que homens sem emprego. Quando conquistam uma vaga, os salários são inferiores. Devemos pensar em formas de inserir as mulheres e suas múltiplas atribuições no mercado de trabalho”, disse a parlamentar que recentemente teve aprovado seu projeto de criação de banco de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica.
Segundo o professor Marcelo Vitorino, o Dia do Trabalhador surgiu em 1924, como decorrência das lutas por melhores salários e condições de trabalho. “Somos todos trabalhadores e esse entendimento é necessário para que haja reconhecimento da importância da força trabalhista”, defendeu ele. Falando em nome dos empresários, Pedro, CEO da C2 Brasil Soluções de Negócios, destacou a relação histórica, social e comportamental dos homens em relação ao trabalho. “O Dia do Trabalhador é uma data de luta e reflexão, mas, acima de tudo, é uma data que representa o resgate da coletividade”, afirmou.
Em nome do Ministério do Trabalho, a promotora Cristiana Lopes explicou que o MP estimula a inserção no trabalho e apoia projetos de melhoria da renda. “Já ajudamos a inserção no mercado de 131 mulheres vítimas de violência doméstica, numa ação em parcerias com empresas”. A promotora frisou que a precarização no trabalho atinge com mais força os vulneráveis, como as mulheres e as pessoas com deficiência. Lembrou do caso do congolês, morto em um quiosque no Rio, ao reivindicar o pagamento por seu trabalho. A representante do Ministério Público também prestou solidariedade ao vereador Renato Freitas (PT). De acordo com ela, o parlamentar estaria em vias de ser punido por realizar de forma legítima um protesto antirracista.
Paulo Naiuaki, lembrando da fala da vereadora Flávia Francischini, destacou que é pai de uma pessoa com paralisia cerebral. Ele entende que é importante que se pense sobre a inclusão da família da pessoa com deficiência. A vereadora, em resposta, comentou que em abril, mês da Conscientização sobre o Autismo, a Câmara Municipal promoveu a votação de um projeto focado nos pais.
Maria de Lurdes, da OAB, exaltou a forte presença das mulheres na economia brasileira. De acordo com ela, hoje há mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras em atuação no país. Para Maria de Lurdes, o Dia do Trabalhador inspira reflexos sobre o fornecimento de condi coes dignas para que o trabalhador exerça sua atividade. O jornalista Osvaldo Eustáquio contou sobre as dificuldades que sua esposa, uma indígena Kaingangue, teve para conseguir finalizar seus estudos e conseguir inserção no mercado. Ele destacou a necessidade de atenção para com os povos indígenas e também elogiou a ex-vereadora Julieta Reis, que possibilitou que os índios pudessem ter espaço na Feira do Largo da Ordem. Eustáquio questionou o voto de solidariedade da promotora em relação ao vereador Renato Freitas.
Valter César lembrou que no início de suas atividades em prol do trabalhador, quando ia se manifestar publicamente, as pessoas diziam: “seja rápido”. Os eventos, segundo ele, tinham presença minoritária de operários, o que diminuía seu poder de negociação. Somente em 1992, foi realizado um evento tripartite, que teve a presença igualitária de políticos, empresários e operários. César destacou a criação do Dia da Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Homenageados
Adriana Schumaker, apresentadora do programa Drika Pé na Estrada; Carlos Henrique Silva de Lima, investigador da Polícia Civil do estado do Paraná; Carlos de Souza, proprietário do Jornal do Sítio Cercado; Cassio Colombo Filho, desembargador aposentado e professor; Clecy Camejo de Oliveira, apóstola; Daiane Aparecida, coordenadora da ONG Magia Solidária, que atua no Pinheirinho; Daniel Casagrande, designer; Naci Salum, cirurgião plástico; Eduardo Aparecido Franca, vendedor, atleta paraolímpico, maratonista; Emília Simões, comerciante; Gastão Luiz Mendes Lima Filho, arquiteto especialista em arquitetura promocional; Gildásio Pereira dos Santos; Hamilton Francisco Xavier, investigador da Polícia Civil do Paraná; Igor Waldrigue de Oliveira; Israela Radassa Rema Camejo de Oliveira, missionária da Igreja Avivamento; Joel Lobo, presidente do Lyons Club Internacional; José Valdeci de Paulo, advogado; Juliana da Luz Oliveira; Cléber Milani, empresário de tecnologia e desenvolvimento; Leandro Renato Santos, administrador escolar; Leonice Mota Vieira; Letícia Ferreira de Araújo, advogada; Lia Mara Salgueiro, policial civil aposentada; Lia Maria Ferreira, policial civil aposentada; Luiz Maganhoto, arquiteto; Michael Galvão Mendes; Marcelo Vitorino, advogado e professor; Marco Vinicius, webdesigner; Maria de Lurdes Santa de Souza, pedagoga, advogada e consultora da Comissão da Igualdade Social da OAB-PR; Mauricio Jorge Abdala, empresário; Mirian Rodrigues, promotora de vendas; Ibrahim, presidente da Sociedade Árabe Brasileira; Milene Liz Baguer, radialista; Paulo José de Oliveira, diretor da Rádio Nova FM; Paulo Roberto Ribeiro, capelão; Pedro Luis de Oliveira Delgrossi, empresário; Pedro Pinto de Castro Júnior, o Pimba; Reinaldo Rocha, metalúrgico; Ronaldo Rodrigues Melo, gestor público; Simone Levi Gonçalves; Tais Fernanda César dos Santos; Tiago Henrique César dos Santos; Wanderley de Souza, diretor escolar em Almirante Tamandaré; Nardi Terezinha Casanova, secretária nacional da Confederação Brasileira Cigana; Neuralice Cezar Maina, presidente da Sinsepar, Sindicato dos Secretários e Secretárias do Paraná; Maria Lúcia Gomes, conselheira municipal da Saúde e conselheira da Associação Comercial do Paraná; Emerson Cezar da Silva, pastor; Luciane Conceição de Oliveira; Roberto Carlos de Almeida, professor em Almirante Tamandaré; Newton Carneiro, policial civil; Sandro Dangue, da ouvidoria digital do estado do Parana; João Pereira de Castilho Filho, empresário; Geraldo Gomes Felix, músico e produtor musical; Norma Almeida, líder comunitária; Dom John; e Juliano Zimer, jornalista.
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