Em fórum na Câmara, fisioterapeutas alertam à má remuneração
Formada há 15 anos, a fisioterapeuta Alini Ploszaj não atende mais por planos de saúde, devido à baixa remuneração. Há três anos no mercado de trabalho, Eduardo Dutra também só faz atendimentos particulares. Especialista em fisioterapia ortopédica e em terapia intensiva, Solange Lopes Daniel trabalha na área há 25 anos e alerta que o retorno é inferior ao investimento nos estudos. Estudante do último ano da graduação, César Fernando de Oliveira Silva compartilha as preocupações e acredita que as redes municipal e estadual de saúde deveriam abrir mais vagas para os profissionais em concursos públicos.
Alini, Eduardo, Solange e César foram alguns dos participantes do fórum realizado na Câmara Municipal de Curitiba, nesta quinta-feira (27), para discutir a valorização dos fisioterapeutas. Promovido pela vereadora Julieta Reis (DEM), o evento resultará na elaboração da Carta de Curitiba pela Valorização da Fisioterapia, que será encaminhada às operadoras de planos de saúde.
“É importante visibilizarmos os problemas e sabermos como a Câmara pode contribuir. Vamos encaminhar esse grito de socorro às operadoras, em nome dos vereadores de Curitiba, para que os profissionais sejam remunerados dignamente”, disse Julieta, sobre a informação de que o valor pago por atendimento não é reajustado há 23 anos. “Esperamos dar continuidade ao diálogo, por meio de uma Tribuna Livre [realizada nas sessões plenárias das quartas-feiras], por exemplo.”
A presidente da Federação Nacional das Associações de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Fenafisio), Marlene Izidro Vieira, ressaltou que os planos de saúde foram convidados para o fórum, mas nenhum compareceu. “A lei federal 13.003/2014 obriga às operadoras a assinatura de contratos com seus prestadores de serviços, mas até agora nenhum plano quis assinar contrato com os fisioterapeutas”, alertou. Nesse documento, uma das prerrogativas do contratado é o direito ao reajuste anual. O prazo para a adesão à norma, completou, termina em 22 de dezembro.
Marlene também apontou que os profissionais não são valorizados nas redes municipal e estadual da Saúde, tanto os contratados quanto os que prestam serviços à rede credenciada. “Por que os fisioterapeutas [concursados] trabalham seis horas, enquanto outros servidores da área da saúde ganham mais por menos horas de trabalho?”, questionou.
Outro alerta foi do presidente da Associação Paranaense de Prestadores de Serviços de Fisioterapia (APFisio), Francisco Hamilton Sens Junior. Segundo ele, “não tem sido respeitado o número ideal de fisioterapeutas em hospitais”. Já o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 8° Região – Paraná, Abdo Zeghbi, destacou a formação profissional.
Coordenadora da área da pessoa com deficiência da Secretaria Municipal da Saúde e fisioterapeuta, Stela Maris Dallastela afirmou que o SUS repassa cerca de R$ 6 por atendimento. De acordo com ela, a Prefeitura de Curitiba tem investido na fisioterapia dentro da atenção primária à saúde, nos núcleos da família. “Temos mais de 30 fisioterapeutas envolvidas, que têm o papel de subsidiar as equipes”, declarou.
Quanto ao SUS estadual, o chefe do Departamento de Atenção às Condições Crônicas da Secretaria da Saúde do Paraná, Juliano Gevaerd, falou sobre a modelagem dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), criado pelo governo federal em 2008: “O Ministério da Saúde é bom em redigir portarias, mas na execução é muito ruim e transfere o rojão aos estados e municípios”. “Precisamos investir em prevenção, para que consigamos diminuir as demandas em reabilitação”, completou.
O Flickr da Câmara de Curitiba traz mais fotos da atividade.
Alini, Eduardo, Solange e César foram alguns dos participantes do fórum realizado na Câmara Municipal de Curitiba, nesta quinta-feira (27), para discutir a valorização dos fisioterapeutas. Promovido pela vereadora Julieta Reis (DEM), o evento resultará na elaboração da Carta de Curitiba pela Valorização da Fisioterapia, que será encaminhada às operadoras de planos de saúde.
“É importante visibilizarmos os problemas e sabermos como a Câmara pode contribuir. Vamos encaminhar esse grito de socorro às operadoras, em nome dos vereadores de Curitiba, para que os profissionais sejam remunerados dignamente”, disse Julieta, sobre a informação de que o valor pago por atendimento não é reajustado há 23 anos. “Esperamos dar continuidade ao diálogo, por meio de uma Tribuna Livre [realizada nas sessões plenárias das quartas-feiras], por exemplo.”
A presidente da Federação Nacional das Associações de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Fenafisio), Marlene Izidro Vieira, ressaltou que os planos de saúde foram convidados para o fórum, mas nenhum compareceu. “A lei federal 13.003/2014 obriga às operadoras a assinatura de contratos com seus prestadores de serviços, mas até agora nenhum plano quis assinar contrato com os fisioterapeutas”, alertou. Nesse documento, uma das prerrogativas do contratado é o direito ao reajuste anual. O prazo para a adesão à norma, completou, termina em 22 de dezembro.
Marlene também apontou que os profissionais não são valorizados nas redes municipal e estadual da Saúde, tanto os contratados quanto os que prestam serviços à rede credenciada. “Por que os fisioterapeutas [concursados] trabalham seis horas, enquanto outros servidores da área da saúde ganham mais por menos horas de trabalho?”, questionou.
Outro alerta foi do presidente da Associação Paranaense de Prestadores de Serviços de Fisioterapia (APFisio), Francisco Hamilton Sens Junior. Segundo ele, “não tem sido respeitado o número ideal de fisioterapeutas em hospitais”. Já o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional da 8° Região – Paraná, Abdo Zeghbi, destacou a formação profissional.
Coordenadora da área da pessoa com deficiência da Secretaria Municipal da Saúde e fisioterapeuta, Stela Maris Dallastela afirmou que o SUS repassa cerca de R$ 6 por atendimento. De acordo com ela, a Prefeitura de Curitiba tem investido na fisioterapia dentro da atenção primária à saúde, nos núcleos da família. “Temos mais de 30 fisioterapeutas envolvidas, que têm o papel de subsidiar as equipes”, declarou.
Quanto ao SUS estadual, o chefe do Departamento de Atenção às Condições Crônicas da Secretaria da Saúde do Paraná, Juliano Gevaerd, falou sobre a modelagem dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), criado pelo governo federal em 2008: “O Ministério da Saúde é bom em redigir portarias, mas na execução é muito ruim e transfere o rojão aos estados e municípios”. “Precisamos investir em prevenção, para que consigamos diminuir as demandas em reabilitação”, completou.
O Flickr da Câmara de Curitiba traz mais fotos da atividade.
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