Em 2025, Curitiba vai celebrar, pela primeira vez, o Dia Perhappiness
Além da sua trajetória pela literatura brasileira, Leminski também era músico, publicitário e jornalista. (Foto: Divulgação/Internet)
É oficial. Curitiba agora terá uma data reservada em seu calendário anual para celebrar a vida e o legado do poeta e escritor Paulo Leminski. A lei municipal 16.452/2024, aprovada pela Câmara Municipal nos dias 10 e 11 de dezembro, foi sancionada pelo prefeito Rafael Greca e institui o Dia Municipal “Perhappiness”.
A ideia é que este dia seja comemorado em 24 de agosto, data do aniversário de nascimento do curitibano, que faria 80 anos em 2024. Leminski faleceu em 1989 aos 44 anos. Além da sua trajetória pela literatura brasileira, ele também era músico, publicitário e jornalista. Em obras como "Catatau" e "Toda Poesia", Leminski brinca com a linguagem, cria neologismos e explora a ironia, tornando sua poesia única e acessível. Sua curiosidade e versatilidade o levaram a explorar diversas linguagens e formatos, sempre com um olhar crítico e irônico sobre a realidade.
Perhappiness é um neologismo que reúne as palavras ‘talvez’ e ‘felicidade’, em inglês. O conceito, presente nas obras do poeta, reflete a ambiguidade da existência humana e a necessidade de equilibrar as adversidades com momentos de alegria e aceitação. Com a oficialização da data no calendário da cidade, o Festival Perhappiness, realizado nos anos 2000, deverá ser retomado a partir do próximo ano, com o intuito de fortalecer a identidade cultural curitibana e valorizar as personalidades locais que, como Leminski, contribuíram significativamente para a construção da história e da cultura da capital paranaense.
Sancionada no dia 12 de dezembro, a lei 16.452/2024 é de autoria dos vereadores Angelo Vanhoni (PT), Dalton Borba (Solidariedade), Herivelto Oliveira (Cidadania), Maria Leticia (PV) e Nori Seto (PP). Em plenário, os autores lembraram a trajetória de Paulo Leminski, que deixou um legado cultural ímpar e se tornou um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea. Na ocasião, a votação foi acompanhada por Aurea Leminski, filha do poeta, que é jornalista e presidente do Instituto Leminski; além de diversos artistas de Curitiba.
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