“Em 2022, nós visitamos 15 cidades aqui no estado do Paraná e reunimos mais de 2,5 mil pessoas para tratar do enfretamento da violência contra a mulher. Nós fizemos uma palestra que tratou do feminicídio, que é uma das máculas, uma das manchas contra as mulheres”, afirmou a vereadora Maria Leticia (PV), procuradora da Mulher na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) no biênio 2021/2022. Ela fez a prestação de contas da Procuradoria da Mulher (ProMulher) na última sessão ordinária do ano passado, dia 20 de dezembro.

“'Queremos Todas Vivas’ foi como chamamos essa palestra, porque é o que desejamos. Que nenhuma mulher deve morrer por ser mulher”, continuou Maria Leticia. “A Procuradoria foi um projeto aprovado em 2019”, lembrou. Em 2021, reforçou a vereadora, o foco foi inserir a ProMulher no organograma da Câmara, “o que nos demandou bastante tempo e trabalho”.  

A ProMulher da CMC, disse ela, atendeu 13 casos de mulheres em situação de violência, encaminhadas à rede de atendimento, “que é bastante estruturada”. Maria Leticia ressaltou as parcerias, em 2022, com a ProMulher da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) e a seccional Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), resultando em ação alusiva ao Mês da Mulher, chamada de Dia da Cidadania.

Na prestação de contas, ela citou a parceria com a Casa da Mulher Brasileira, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) e o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR). A procuradora da Mulher mencionou ainda a realização de reunião pública, dia 1º de dezembro, no auditório do Anexo 2, com representantes da sociedade civil e do poder público. Um dos encaminhamentos da atividade foi a elaboração de uma cartilha para orientar a mulher em situação de violência.

Além de Maria Leticia, a ProMulher contou, no último biênio, com a participação de Noemia Rocha (MDB), primeira-procuradora-adjunta, e Carol Dartora (PT), segunda-procuradora-adjunta. Elas foram empossadas no dia 3 de março de 2021, durante a sessão plenária. Conforme o Regimento Interno, as procuradoras são indicadas pelo presidente da CMC, no início de cada gestão, para o mandato de dois anos.