Em 1º turno, CMC aprova vinculação de multas por sanções antiCovid

por Fernanda Foggiato — publicado 29/03/2021 10h55, última modificação 29/03/2021 11h01
A ideia é que as receitas sejam destinadas exclusivamente a ações e serviços de combate ao novo coronavírus na capital.
Em 1º turno, CMC aprova vinculação de multas por sanções antiCovid

Vinculação das receitas, citou Noemia Rocha, pode ser usada para compra da vacina e contratação de profissionais. (Reprodução YouTube/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou, na sessão remota nesta segunda-feira (29), o projeto de lei que pretende estabelecer onde devem ser aplicadas as receitas provenientes de multas pelo desrespeito às medidas de prevenção à Covid-19. Conforme a iniciativa, protocolada no dia 18 de março pela vereadora Noemia Rocha (MDB), os recursos seriam investidos exclusivamente em ações e serviços de enfrentamento à pandemia. A primeira votação foi unânime, com 36 votos favoráveis (005.00095.2021).

A matéria teve o regime de urgência aprovado em plenário, na semana passada, e precisa do aval em segundo turno, na sessão desta terça-feira (30), para então seguir para a sanção ou veto do Executivo. A ideia é acrescentar parágrafo à lei municipal 15.799/2021, que dispõe sobre as infrações administrativas por condutas e atividades lesivas ao enfrentamento à pandemia.

Conforme a norma vigente, as multas pelo descumprimento do uso obrigatório da máscara e à promoção de aglomerações, dentre outras situações, variam entre R$ 150 e R$ 150 mil. As receitas atualmente seguem para o tesouro municipal, sem uma rubrica específica. Os autos de infração e as notificações são regulamentados pelo decreto 72/2021.

Segundo Noemia Rocha, ela apresentou a iniciativa à secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, que teria demonstrado interesse na alteração da lei. “Este é um debate importante nesta Casa, a preocupação de todos os vereadores, pelo cenário que estamos enfrentando. Nosso tema tem sido a Covid-19”, disse ela. “Os vereadores estão na ponta, bem próximos da realidade.”

A vinculação, defendeu, traz tanto “a tranquilidade quanto a transparência para investirmos” no combate à doença. Essas ações e serviços, citou a autora, poderiam ser capacitação e a contratação de profissionais, a compra da vacina e a abertura de leitos.

Um ano após os primeiros contágios na capital, continuou ela, o cenário é “preocupante” em função das novas cepas, da lotação dos hospitais e de profissionais da saúde esgotados. Noemia destacou a aprovação de outra alteração na lei, para a multa aos proprietários ou locatários de imóveis usados em festas clandestinas, também em regime de urgência. De iniciativa de Professor Euler (PSD), a matéria aguarda sanção ou veto do Executivo.

Utilidade pública

O plenário acatou a outra proposta de lei que constava na ordem do dia da sessão plenária, também para a votação em primeiro turno (014.00008.2020). Com 36 votos favoráveis, os vereadores avalizam a declaração de utilidade pública municipal à Escola Brasileira de Ciências Holísticas (EBCH). A iniciativa é de Professor Euler (PSD).

As sessões plenárias têm transmissão ao vivo pelos canais da CMC no YouTube, no Facebook e no Twitter.