Educação financeira é tema do Programa de Aposentadoria
A Câmara de Curitiba realizou, nesta quinta-feira (25), um novo módulo do Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA), destinado aos servidores que estão próximos de obter essa conquista profissional. A convite da instituição, Martin Iglesias, gerente de Educação Financeira para investidores do Itaú Unibanco, falou sobre Planejamento Financeiro Pessoal, dando conselhos para o controle dos gastos e investimentos adaptados às diferentes etapas da vida.
Iglesias recomendou que as pessoas, antes de tudo, conheçam as suas próprias despesas. “Você tem que coletar dados para descobrir qual é o seu orçamento doméstico, com as despesas fixas (aluguel, financiamento), as variáveis (alimentação, vestuário) e as despesas ocultas”, enumera o educador financeiro. Ele chama de ocultas as despesas que uma pessoa realiza sem se dar conta, que geram surpresa no final do mẽs “quando chega a fatura do cartão do crédito”.
O palestrante, que também é mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e autor do livro “Investimentos: um livro de segredos e conselhos”, alertou para o impacto do desperdício no orçamento pessoal. “Planejamento financeiro não é sobre deixar de viver o dia de hoje, mas como aproveitar simultaneamente o presente e o futuro. Finanças pessoais são confundidas com não gastar, só que eu acredito que seja como gastar melhor, lidando com pequenas compensações presentes, quando existem grandes recompensas no futuro”, diz.
Vinte e um funcionários do Legislativo poderão requisitar a transição para a aposentadoria nos próximos dois anos e têm no PPA um espaço de reflexão sobre os aspectos desta nova fase da vida. Este é o quinto encontro promovido pelo PPA desde que foi lançado, em maio de 2012. Para este ano, ainda está prevista a realização de um sexto módulo.
“Planejamento Financeiro Pessoal é semelhante à atividade física, demanda equilíbrio. Não é para deixar tudo para depois, nem para consumir tudo hoje”, explica Iglesias. Conhecendo as próprias despesas, a pessoa saberá se existe equilíbrio entre os seus gastos e ganhos, podendo reservar quantias para as “três caixinhas” descritas por Iglesias. Cada caixinha tem um objetivo, relacionado com o incremento da segurança e conforto pessoais.
Três caixinhas
A primeira caixinha é a da emergência, onde seria adequado guardar uma reserva de dinheiro suficiente para cobrir imprevistos como problemas de saúde e desemprego na família. “Na iniciativa privada, diríamos que um mínimo seria ter o equivalente a três meses de despesas investido em ativos livres de risco, como poupança, CDB, Fundos DI”, explicou Iglesias. Ele disse que, no caso de servidores públicos de carreira, onde o risco de desemprego é bem menor, a quantia pode ser até inferior.
Depois seria interessante destinar recursos para complementar a aposentadoria. “Uma pessoa que começou a investir 10% do seu rendimento aos 25 anos, quando se aposentar terá o equivalente a 9 anos de salário disponível”, citou o educador financeiro. Iglesias mostrou que, com a saída da atividade profissional, os gastos pessoais caem para 80% do que eram. “Você para de poupar para a aposentadoria, somem os gastos vinculados ao ato de trabalhar e todos financiamentos de longo prazo também já foram pagos. Gastos com Saúde sobem, mas a variação total leva a uma redução das despesas”, detalha.
Iglesias disse que, como a aposentadoria é um investimento de longo prazo, o importante é diversificar. “Tem que ter consciência dos objetivos. O mercado de ações, nesse caso, é uma alternativa natural de poupança a longo prazo”, disse. O economista somente pediu cuidado nesse caso, com atenção ao seu perfil particular de investidor e investimentos de forma continuada, pois a bolsa de valores é “um ziguezague ascendente”. Ou seja, por mais que apresente quedas, ela gera mais retorno financeiro que outras aplicações ao longo dos anos. “Lógico, você pode destinar parte da reserva para ações, nunca tudo”, esclarece.
A última caixinha é reservada para os sonhos (casa própria, carro novo, viagens, etc.), que “conseguem ser atingidos por poupança ou crédito”, disse o educador financeiro. Novamente, explica Iglesias, vai depender do perfil do investidor, do prazo que ele possui para conquistar esse sonho e da necessidade do bem. “Conforme a pressa, a aplicação pode ser mais ou menos conservadora”, afirma. E para quem usará linhas de crédito para acelerar a conquista dos sonhos, ele tem algumas dicas. “Toda a vez que você compra um bem parcelado, não divida o pagamento em parcelas superiores à vida útil dele. Prestações vinculadas a consumo também não devem superar 30% da sua renda”, alerta.
Organizado conjuntamente pela Diretoria de Administração e Recursos Humanos (DARH) e pelo Setor de Medicina de Saúde Ocupacional (SMSO), o PPA já levou informações aos servidores sobre bem-estar, satisfação pessoal, além de aspectos técnicos do processo de aposentadoria e seus diferentes tipos: por invalidez, compulsória e voluntária, integrais e proporcionais.
Iglesias recomendou que as pessoas, antes de tudo, conheçam as suas próprias despesas. “Você tem que coletar dados para descobrir qual é o seu orçamento doméstico, com as despesas fixas (aluguel, financiamento), as variáveis (alimentação, vestuário) e as despesas ocultas”, enumera o educador financeiro. Ele chama de ocultas as despesas que uma pessoa realiza sem se dar conta, que geram surpresa no final do mẽs “quando chega a fatura do cartão do crédito”.
O palestrante, que também é mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e autor do livro “Investimentos: um livro de segredos e conselhos”, alertou para o impacto do desperdício no orçamento pessoal. “Planejamento financeiro não é sobre deixar de viver o dia de hoje, mas como aproveitar simultaneamente o presente e o futuro. Finanças pessoais são confundidas com não gastar, só que eu acredito que seja como gastar melhor, lidando com pequenas compensações presentes, quando existem grandes recompensas no futuro”, diz.
Vinte e um funcionários do Legislativo poderão requisitar a transição para a aposentadoria nos próximos dois anos e têm no PPA um espaço de reflexão sobre os aspectos desta nova fase da vida. Este é o quinto encontro promovido pelo PPA desde que foi lançado, em maio de 2012. Para este ano, ainda está prevista a realização de um sexto módulo.
“Planejamento Financeiro Pessoal é semelhante à atividade física, demanda equilíbrio. Não é para deixar tudo para depois, nem para consumir tudo hoje”, explica Iglesias. Conhecendo as próprias despesas, a pessoa saberá se existe equilíbrio entre os seus gastos e ganhos, podendo reservar quantias para as “três caixinhas” descritas por Iglesias. Cada caixinha tem um objetivo, relacionado com o incremento da segurança e conforto pessoais.
Três caixinhas
A primeira caixinha é a da emergência, onde seria adequado guardar uma reserva de dinheiro suficiente para cobrir imprevistos como problemas de saúde e desemprego na família. “Na iniciativa privada, diríamos que um mínimo seria ter o equivalente a três meses de despesas investido em ativos livres de risco, como poupança, CDB, Fundos DI”, explicou Iglesias. Ele disse que, no caso de servidores públicos de carreira, onde o risco de desemprego é bem menor, a quantia pode ser até inferior.
Depois seria interessante destinar recursos para complementar a aposentadoria. “Uma pessoa que começou a investir 10% do seu rendimento aos 25 anos, quando se aposentar terá o equivalente a 9 anos de salário disponível”, citou o educador financeiro. Iglesias mostrou que, com a saída da atividade profissional, os gastos pessoais caem para 80% do que eram. “Você para de poupar para a aposentadoria, somem os gastos vinculados ao ato de trabalhar e todos financiamentos de longo prazo também já foram pagos. Gastos com Saúde sobem, mas a variação total leva a uma redução das despesas”, detalha.
Iglesias disse que, como a aposentadoria é um investimento de longo prazo, o importante é diversificar. “Tem que ter consciência dos objetivos. O mercado de ações, nesse caso, é uma alternativa natural de poupança a longo prazo”, disse. O economista somente pediu cuidado nesse caso, com atenção ao seu perfil particular de investidor e investimentos de forma continuada, pois a bolsa de valores é “um ziguezague ascendente”. Ou seja, por mais que apresente quedas, ela gera mais retorno financeiro que outras aplicações ao longo dos anos. “Lógico, você pode destinar parte da reserva para ações, nunca tudo”, esclarece.
A última caixinha é reservada para os sonhos (casa própria, carro novo, viagens, etc.), que “conseguem ser atingidos por poupança ou crédito”, disse o educador financeiro. Novamente, explica Iglesias, vai depender do perfil do investidor, do prazo que ele possui para conquistar esse sonho e da necessidade do bem. “Conforme a pressa, a aplicação pode ser mais ou menos conservadora”, afirma. E para quem usará linhas de crédito para acelerar a conquista dos sonhos, ele tem algumas dicas. “Toda a vez que você compra um bem parcelado, não divida o pagamento em parcelas superiores à vida útil dele. Prestações vinculadas a consumo também não devem superar 30% da sua renda”, alerta.
Organizado conjuntamente pela Diretoria de Administração e Recursos Humanos (DARH) e pelo Setor de Medicina de Saúde Ocupacional (SMSO), o PPA já levou informações aos servidores sobre bem-estar, satisfação pessoal, além de aspectos técnicos do processo de aposentadoria e seus diferentes tipos: por invalidez, compulsória e voluntária, integrais e proporcionais.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba