Doutora em educação fala sobre drogas na Câmara
Cerca de 11% dos estudantes da capital paranaense, com idade entre 10 e 12 anos, já fizeram uso de algum tipo de droga, segundo a doutora em educação Araci Asinelli da Luz. A convite do vereador Mestre Déa (PP) e da bancada do Partido Progressista, a especialista usou a tribuna livre desta quarta-feira (20), na Câmara de Curitiba, para destacar a importância de políticas públicas voltadas ao tema.
Na saudação, Mestre Déa falou do crescente aumento do uso de entorpecentes e da facilidade em adquiri-los na cidade. “Precisamos trabalhar para tentar diminuir a demanda, o interesse que a droga desperta em nossos jovens”, afirmou. O parlamentar citou o trabalho que desenvolve há quase 20 anos, por meio da Associação de Capoeira Kauande e do projeto Educando com Arte. “O esporte provoca uma grande transformação na vida de crianças e jovens”, garantiu.
Conforme Araci, atualmente Curitiba ocupa a quarta posição nacional em relação ao consumo de drogas e pesquisas apontam que a experimentação está começando cada vez mais cedo. “Isto demonstra a necessidade de ações preventivas já na educação infantil”, alertou, citando experiência própria durante pesquisa para a elaboração de sua tese de doutorado. Ao perguntar a um menino de rua o significado da palavra droga, se surpreendeu com a resposta: “é a comida que eu como, a vida que eu levo, a cola que eu cheiro e a maconha que eu fumo”. Na sua opinião, as causas são multifatoriais, mas o maior problema detectado é familiar, como “falta de apoio, ausência de diálogo e de valores”.
O Levantamento Nacional Sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes, realizado em 2004 pelo Centro Brasileiro de Informações Psicotrópicas (Cebrid), mostra que 23,2% dos estudantes com idade entre 13 e 15 anos já experimentaram drogas psicotrópicas, enquanto, na faixa etária de 16 a 18 anos, este número sobe para 32,5%. Como resultado desta conduta, 27,4% dos estudantes que fizeram uso de drogas apresentam defasagem escolar. “Se jovens com 18 anos, que deveriam estar em busca de emprego e de seu futuro, estão cada vez mais consumindo drogas, o que será do futuro de nossa cidade”, questionou.
O uso de substâncias psicoativas provoca alterações de humor, atrapalha as relações pessoais e afeta diretamente a cognição. “Num futuro próximo, o resultado são jovens com baixa auto-estima, abandono precoce dos estudos, dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, contribuindo para o crescimento nos números da violência e de exclusão social”, ressaltou a doutora.
Araci da Luz disse que o município precisa de ações mais concretas voltadas ao tema. “Necessitamos de políticas que respondam às expectativas, ações integradas de todos os setores envolvidos com a questão, trabalhando prevenção, tratamento, reinserção social e combate às drogas de forma conjunta, não dissociada”, finalizou.
Na saudação, Mestre Déa falou do crescente aumento do uso de entorpecentes e da facilidade em adquiri-los na cidade. “Precisamos trabalhar para tentar diminuir a demanda, o interesse que a droga desperta em nossos jovens”, afirmou. O parlamentar citou o trabalho que desenvolve há quase 20 anos, por meio da Associação de Capoeira Kauande e do projeto Educando com Arte. “O esporte provoca uma grande transformação na vida de crianças e jovens”, garantiu.
Conforme Araci, atualmente Curitiba ocupa a quarta posição nacional em relação ao consumo de drogas e pesquisas apontam que a experimentação está começando cada vez mais cedo. “Isto demonstra a necessidade de ações preventivas já na educação infantil”, alertou, citando experiência própria durante pesquisa para a elaboração de sua tese de doutorado. Ao perguntar a um menino de rua o significado da palavra droga, se surpreendeu com a resposta: “é a comida que eu como, a vida que eu levo, a cola que eu cheiro e a maconha que eu fumo”. Na sua opinião, as causas são multifatoriais, mas o maior problema detectado é familiar, como “falta de apoio, ausência de diálogo e de valores”.
O Levantamento Nacional Sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas entre Estudantes, realizado em 2004 pelo Centro Brasileiro de Informações Psicotrópicas (Cebrid), mostra que 23,2% dos estudantes com idade entre 13 e 15 anos já experimentaram drogas psicotrópicas, enquanto, na faixa etária de 16 a 18 anos, este número sobe para 32,5%. Como resultado desta conduta, 27,4% dos estudantes que fizeram uso de drogas apresentam defasagem escolar. “Se jovens com 18 anos, que deveriam estar em busca de emprego e de seu futuro, estão cada vez mais consumindo drogas, o que será do futuro de nossa cidade”, questionou.
O uso de substâncias psicoativas provoca alterações de humor, atrapalha as relações pessoais e afeta diretamente a cognição. “Num futuro próximo, o resultado são jovens com baixa auto-estima, abandono precoce dos estudos, dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, contribuindo para o crescimento nos números da violência e de exclusão social”, ressaltou a doutora.
Araci da Luz disse que o município precisa de ações mais concretas voltadas ao tema. “Necessitamos de políticas que respondam às expectativas, ações integradas de todos os setores envolvidos com a questão, trabalhando prevenção, tratamento, reinserção social e combate às drogas de forma conjunta, não dissociada”, finalizou.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba