Dom Rafael Biernaski recebe o Vulto Emérito da Câmara Municipal de Curitiba
A Câmara Municipal de Curitiba concedeu o título de Vulto Emérito ao bispo Dom Rafael Biernaski. A iniciativa da homenagem foi do vereador Tito Zeglin. (Fotos: Carlos Costa/CMC)
Nesta terça-feira (21), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) concedeu o título de Vulto Emérito de Curitiba a Dom Rafael Biernaski, bispo da Diocese de Blumenau. A homenagem foi uma iniciativa do vereador Tito Zeglin (MDB), primeiro-vice-presidente da Câmara. A sessão foi presidida pelo vereador Mauro Ignacio (PSD), segundo-vice-presidente do Legislativo Municipal.
Além dos vereadores e do homenageado, compuseram a mesa Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo metropolitando de Curitiba; Fabiano Dias Pinto, reitor do Seminário Maior Rainha dos Apóstolos; padre Luiz Kleina, pároco da Paróquia da Imaculada Conceição, no Guabirotuba; padre André Biernaski, irmão do homenageado e pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida no Seminário; e padre Juarez Rangel, coordenador da Ação Evangelizadora, pároco da Paróquia São Benedito do Capão da Imbuia. A cerimônia teve a participação musical do Coral Encanto Marista.
Inscreva-se no canal da CMC no YouTube
Assista a sessão solene no canal da CMC no YouTube
Marcante passagem como bispo na Arquidiocese de Curitiba
Tito Zeglin, proponente da homenagem, mencionou que a honraria de Vulto Emérito de Curitiba foi criada em 1963 para honrar personalidades nascidas em Curitiba e que tenham dignificado a cidade por meio de fatos concretos. Para o vereador, o título de Vulto Emérito é uma forma de expressar a gratidão da cidade para os curitibanos que contribuem para o desenvolvimento da cidade.
“Como os vereadores são legítimos representantes dos cidadãos de Curitiba, o reconhecimento passa a ser de toda a cidade”, disse Zeglin. De acordo com o vereador, citando as palavras do papa Francisco, a função de um bispo não é produzir notícias, alcançar o consenso do mundo ou buscar a tutela do seu próprio nome, mas tecer a comunhão, envolvendo-se em primeira pessoa com as questões da igreja, sempre agindo com mansidão.
Filho de Ignacio e de Bernardina Biernaski, o bispo Rafael Biernaski nasceu em 1º de novembro de 1955, no bairro do Campo Comprido, em Curitiba. Seu irmão, André, também seguiu o caminho da religião, tornando-se padre. Zeglin destacou que o pioneiro religioso da família Biernaski foi Dom Ladislau Biernaski, professor de História do vereador no Seminário São Vicente de Paula, em Araucária.
Seminário Arquidiocesano
“Rafael Biernaski teve uma marcante passagem como bispo auxiliar da Arquidiocese de Curitiba e, posteriormente, na Arquidiocese de São José dos Pinhais”, disse Tito Zeglin. Em 1968, o homenageado ingressou no Seminário Arquidiocesano, onde completou o ensino fundamental e o segundo grau (atualmente, ensino médio). Cursou Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e, em 1980, foi ordenado diácono. No ano seguinte, foi ordenado presbítero por Dom Pedro Fedalto.
Em 1988, estudou Teologia Dogmática na Universidade Gregoriana, na qual permaneceu por 22 anos. “Descendente de poloneses, o bispo Dom Rafael teve a honra de estar com o papa João Paulo II, ilustre cidadão polonês”. Em 2010, torna-se bispo auxiliar de Curitiba, atividade que proporcionou a oportunidade de travar contato com as pastorais em companhia de Dom José Vitti.
“Atualmente, Dom Rafael exerce o bispado na cidade de Blumenau”, disse Zeglin. O parlamentar encerrou sua fala mencionando os gaúchos que enfrentam as consequências de uma tragédia climática e necessitam de todo auxílio, seja por meio de doações ou orações.
Em Curitiba, Biernaski conheceu o amor de Deus
“O mistério de nossa vida é um presente belo que se realiza na história, no concreto de uma cidade, na qual essa vida é acolhida e amada. É onde se manifesta a experiência do amor de Deus”, disse o bispo Rafael Biernaski.
Ele destacou as origens da cidade de Curitiba, citando os bandeirantes luso-paulistas que aqui se instalaram em meados do século XVII, a instalação de Curitiba como capital do estado e, posteriormente, a presença dos imigrantes. “Alemães, italianos, poloneses e outras etnias que compuseram essa cidade. Aqui, fui acolhido por meus avós, meus pais e, dentro da fé, por Deus”, disse.
O bispo lembrou da passagem do papa João Paulo II pela Polônia. De acordo com o religioso, o então líder da Igreja Católica se colocou contra a ideologia comunista. “Dois anos depois, ele veio a Curitiba, e tive a honra de poder conhecer pessoalmente um papa. Naquele momento, ainda não imaginava que trabalharia em Roma, entre 1995 e 2010”, contou.
Para Dom Biernaski, Curitiba é especial pois aqui ele conheceu e compreendeu o mistério da vida e o amor de Deus. “Sou grato a todos, ao vereador Tito e a Deus, que me permitiu realizar meu trabalho em uma história concreta”, finalizou o bispo.
Confira as fotos no álbum da sessão no Flickr da CMC
Presentes na sessão
Estiveram presentes na sessão solene Antônio Bueno, ex-vereador; Carlos Antonio Gusso, presidente de honra da Risotolândia; Leandro Dalfovo; José Dirceu de Mtos, administrador da Regional de Santa Felicidade; monsenhor Francisco Fabris, diretor espiritual do Seminário São José; padre Osmair José Prestes, reitor do Seminário São José; padre José Brito de Souza, chanceler da Diocese de Blumenau; irmã Dorotéia, prima do homenageado; irmã Terezinha; e irmã Bernardina.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba