Dom Peruzzo pede a vereadores de Curitiba que deem o melhor de si pela cidade
Com a pandemia, as sessões da CMC são híbridas, presencial e por videoconferência. Na foto, Dom Peruzzo. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Destacando que hoje (11), segunda-feira, é véspera do Dia de Nossa Senhora Aparecida e do Dia das Crianças, Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo metropolitano de Curitiba, disse aos vereadores da capital que acredita numa retomada gradativa da vida e das celebrações nos templos. Dado o contexto da pandemia, ele disse aos parlamentares que é preciso “dar uma resposta a Deus e ao povo”. Ele agradeceu ao presidente da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), Tico Kuzma (Pros), pelo convite para a sessão na véspera do feriado religioso.
Dom Peruzzo disse que, para ele, a CMC, “é um lugar como uma espécie de altar, mas não por se desenvolverem cultos religiosos, e, sim, de acordo com as tradições antropológicas mais antigas, por ser um lugar onde o homem oferece a Deus o melhor que tem de si mesmo”. “É nesse sentido que eu gostaria de reconhecer [a CMC] como um lugar da santidade humana, não da [santidade] religiosa. Um lugar onde se busca o melhor para a humanidade”, ponderou, destacando que os curitibanos confiaram esse papel aos vereadores.
Dirigindo-se aos parlamentares, o bispo católico afirmou que a conduta ética dos vereadores é o testemunho que precisa ser dado em um ambiente como o Poder Legislativo. “Aqui chegam todas as ideias, as nobres e as pobres, as sublimes e as míseras. Aqui é um lugar por excelência para que a grandeza tenha papel de testemunho. Para que a maturidade política se desdobre em maturidade democrática. Conservar a legalidade e não desapontar quem tem direitos… Essa fronteira não é sempre fácil de definir”, continuou Dom Peruzzo.
“Enquanto eu vinha [para a CMC], ouvi uma estatística no rádio. De 2010 para 2019, os suicídios e tentativas de suicídio entre jovens e adolescentes cresceram 81%. Ninguém é capaz de dar resposta sozinho [a esse problema], nem governos, nem igreja, mas todos são chamados [a agir], em um grande horizonte de partilha”, exemplificou, defendendo que a capacidade de diálogo prevaleça sobre os confrontos e que o Poder Público “olhe com compaixão a população que mais precisa [dele]”.
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