Dom Ladislau será cidadão curitibano
Sessão solene nesta quarta-feira (24), na Câmara de Curitiba, presta homenagem ao bispo dom Ladislau Biernaski. O religioso recebe o título de Cidadão Honorário de Curitiba em cerimônia marcada para as 20h, no plenário do Palácio Rio Branco, atendendo proposta do vereador Tito Zeglin (PDT).
O homenageado nasceu em Campo Magro, então município de Almirante Tamandaré, no dia 24 de outubro de 1937. Seus pais, imigrantes poloneses, sempre trabalharam na agricultura. Segundo Zeglin, "esta origem marca a trajetória episcopal de dom Ladislau, que sempre entendeu e se preocupou com os problemas dos povos camponeses. Ainda menino, com 13 anos, o homenageado ingressou no Seminário Menor São Vicente de Paulo, em Curitiba. Fez o curso colegial, estudou Filosofia no Instituto dos Fransciscanos e Teologia no Studium Theologicus, sempre na capital paranaense. Foi ordenado padre em 1963, na Igreja São Vicente de Paulo".
Dom Ladislau foi professor e diretor do Seminário Menor e Provincial dos Padres Vicentinos. Foi diretor do jornal polônes Lud e membro da Fundação São Vicente de Paulo da Rádio Cambiju, de Araucária. Seu trabalho na Conferência dos Religiosos do Brasil o levou a ser eleito presidente da entidade, em 1977. Em 28 de abril de 1979, foi nomeado bispo auxiliar de Curitiba e ordenado em Roma, pelas mãos do papa João Paulo II. Logo em seguida à ordenação, acompanhou o papa em sua visita à Polônia.
Solidariedade
Desde o início de seu bispado, é responsável pela área do interior da Arquidiocese de Curitiba, que inclui atualmente 24 municípios, 45 paróquias e mais de 300 capelas, atendendo população superior a 1 milhão de habitantes. "Trata-se de contigente populacional que deixou o interior do Estado e se instalou na periferia da cidade em busca de melhores condições de vida. Entretanto, torna-se vítima da exclusão social, do desemprego, da violência e da falta de acesso aos serviços públicos básicos, como saúde, educação e moradia. Outra parcela desses habitantes é formada por agricultores familiares, que produzem alimentos para a mesa dos curitibanos. Junto a este povo, nesses 26 anos, dom Ladislau tem sido presença fraterna e solidária", explica Zeglin.
Outro destaque de seu trabalho na arquidiocese é o acompanhamento às pastorais sociais, o que tem lhe colocado à frente de lutas importantes da Igreja do Brasil, como as semanas sociais brasileiras, a campanha pela dívida externa, o plebiscito sobre a Alca e o apoio aos movimentos sociais.
Em nível regional, foi secretário executivo da CNBB Sul II, durante os anos de 1979 e 1980, e nomeado bispo acompanhante da Comissão Pastoral da Terra, e da Comissão Pastoral Operária, além de ser responsável pela dimensão missionária na regional. Sua atuação marcante nessas pastorais o levou a ser escolhido para representar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil numa visita à Polônia na década de 80, juntamente com grupo de agentes de pastoral brasileiros que se encontraram com o grupo Solidariedade. O intercâmbio de experiências, principalmente sobre a autogestão e produção solidária, serviu de estímulo para o trabalho das pastorais sociais brasileiras.
Lutas
Como bispo acompanhante da Pastoral da Terra, participou ativamente das lutas em favor da reforma agrária e contra a violência no campo, tendo sido um dos principais idealizadores da campanha pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil. Além disso, tem sido um dos principais defensores da agroecologia e de políticas públicas para os agricultores familiares. Durante períodos mais duros da repressão aos trabalhadores rurais paranaenses, foi voz profética contra a violação dos direitos humanos. Neste período foi eleito vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra nacional, cargo que ocupou por 6 anos.
Desde São José dos Pinhais, onde residiu durante esses 26 anos de bispado, dom Ladislau se manteve fiel ao trabalho da pastoral e às dimensões missionárias, evangelizadoras e sociais da Igreja Católica. "Sempre trabalhando em equipe, foi um dos responsáveis pelo trabalho de elaboração de subsídios catequéticos na Arquidiocese de Curitiba. A produção anual do livro Caminhando, com tiragem de 30 mil exemplares, é exemplo de preocupação evangelizadora que marca o trabalho de dom Ladislau Biernaski, bispo e cidadão", finaliza Zeglin.
O homenageado nasceu em Campo Magro, então município de Almirante Tamandaré, no dia 24 de outubro de 1937. Seus pais, imigrantes poloneses, sempre trabalharam na agricultura. Segundo Zeglin, "esta origem marca a trajetória episcopal de dom Ladislau, que sempre entendeu e se preocupou com os problemas dos povos camponeses. Ainda menino, com 13 anos, o homenageado ingressou no Seminário Menor São Vicente de Paulo, em Curitiba. Fez o curso colegial, estudou Filosofia no Instituto dos Fransciscanos e Teologia no Studium Theologicus, sempre na capital paranaense. Foi ordenado padre em 1963, na Igreja São Vicente de Paulo".
Dom Ladislau foi professor e diretor do Seminário Menor e Provincial dos Padres Vicentinos. Foi diretor do jornal polônes Lud e membro da Fundação São Vicente de Paulo da Rádio Cambiju, de Araucária. Seu trabalho na Conferência dos Religiosos do Brasil o levou a ser eleito presidente da entidade, em 1977. Em 28 de abril de 1979, foi nomeado bispo auxiliar de Curitiba e ordenado em Roma, pelas mãos do papa João Paulo II. Logo em seguida à ordenação, acompanhou o papa em sua visita à Polônia.
Solidariedade
Desde o início de seu bispado, é responsável pela área do interior da Arquidiocese de Curitiba, que inclui atualmente 24 municípios, 45 paróquias e mais de 300 capelas, atendendo população superior a 1 milhão de habitantes. "Trata-se de contigente populacional que deixou o interior do Estado e se instalou na periferia da cidade em busca de melhores condições de vida. Entretanto, torna-se vítima da exclusão social, do desemprego, da violência e da falta de acesso aos serviços públicos básicos, como saúde, educação e moradia. Outra parcela desses habitantes é formada por agricultores familiares, que produzem alimentos para a mesa dos curitibanos. Junto a este povo, nesses 26 anos, dom Ladislau tem sido presença fraterna e solidária", explica Zeglin.
Outro destaque de seu trabalho na arquidiocese é o acompanhamento às pastorais sociais, o que tem lhe colocado à frente de lutas importantes da Igreja do Brasil, como as semanas sociais brasileiras, a campanha pela dívida externa, o plebiscito sobre a Alca e o apoio aos movimentos sociais.
Em nível regional, foi secretário executivo da CNBB Sul II, durante os anos de 1979 e 1980, e nomeado bispo acompanhante da Comissão Pastoral da Terra, e da Comissão Pastoral Operária, além de ser responsável pela dimensão missionária na regional. Sua atuação marcante nessas pastorais o levou a ser escolhido para representar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil numa visita à Polônia na década de 80, juntamente com grupo de agentes de pastoral brasileiros que se encontraram com o grupo Solidariedade. O intercâmbio de experiências, principalmente sobre a autogestão e produção solidária, serviu de estímulo para o trabalho das pastorais sociais brasileiras.
Lutas
Como bispo acompanhante da Pastoral da Terra, participou ativamente das lutas em favor da reforma agrária e contra a violência no campo, tendo sido um dos principais idealizadores da campanha pelo limite máximo da propriedade da terra no Brasil. Além disso, tem sido um dos principais defensores da agroecologia e de políticas públicas para os agricultores familiares. Durante períodos mais duros da repressão aos trabalhadores rurais paranaenses, foi voz profética contra a violação dos direitos humanos. Neste período foi eleito vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra nacional, cargo que ocupou por 6 anos.
Desde São José dos Pinhais, onde residiu durante esses 26 anos de bispado, dom Ladislau se manteve fiel ao trabalho da pastoral e às dimensões missionárias, evangelizadoras e sociais da Igreja Católica. "Sempre trabalhando em equipe, foi um dos responsáveis pelo trabalho de elaboração de subsídios catequéticos na Arquidiocese de Curitiba. A produção anual do livro Caminhando, com tiragem de 30 mil exemplares, é exemplo de preocupação evangelizadora que marca o trabalho de dom Ladislau Biernaski, bispo e cidadão", finaliza Zeglin.
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