Djalma Santos pode ser cidadão curitibano

por Assessoria Comunicação publicado 01/03/2005 16h55, última modificação 19/05/2021 16h29
Projeto de lei que concede título de Cidadão Honorário a Djalma Santos está em análise na Câmara de Curitiba. O autor da proposta, vereador Sérgio Ribeiro (PPS), aponta o privilégio ter tido o atleta em nossa cidade de 1968 a 1970.
O craque nasceu na cidade de São Paulo onde passou toda a infância. Começou a jogar futebol na várzea, passando pela Portuguesa . No clube do Canindé, Djalma se juntou a outros gênios da bola como Julinho, Simão e Brandãozinho, formando um time histórico que se sagrou campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1952. A partir daí, sua carreira decolou. Saiu da Portuguesa e foi jogar no Palmeiras. Na mesma época foi convocado para a seleção brasileira que disputaria as Copas de 1954 na Suíça, de 1958 na Suécia e 1962 no Chile.
Na Copa de 1954, o lateral chorou a derrota para a Hungria. Em 1958, a sorte virou: o Brasil foi campeão do mundo pela primeira vez. Em 1962, foi titular absoluto da seleção brasileira, passando a integrar, dois anos mais tarde, a seleção da Fifa.
Djalma Santos permaneceu no Palmeiras até 1968, quando veio para o Atlético Paranaense disputar o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Terminado o torneio, o atleta ficou na cidade, destacando-se como um dos mais importantes jogadores do clube, contribuindo para que o time se sagrasse campeão estadual em 1970.
Apesar de sua curta passagem pelo futebol paranaense, Djalma Santos conquistou muitos amigos e admiradores. Também influenciou na revelação de craques daquela geração de jogadores.
Profissionalismo
Como profissional notabilizou-se por ser um jogador dono de técnica e de condicionamento físico privilegiado. Foi um dos primeiros jogadores da história a usar as cobranças de lateral para jogar a bola dentro da área do adversário, o que sempre criou inúmeros lances de gol.
Conquistou inúmeros títulos, entre eles campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1952 e 1955 pela Portuguesa de Desportos; campeão paulista em 1959, 1963 e 1966 pelo Palmeiras; campeão da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967 pelo Palmeiras; campeão pelo Atlético Paranaense em 1970; campeão brasileiro de seleções em 1952, 1954, 1956 e 1957 defendendo a seleção paulista; e o inesquecível bicampeonato mundial pela seleção brasileira em 1958 e 1962. Também ostenta o posto de ser o jogador de sua geração que mais partidas disputou pela seleção brasileira, sendo 98 jogos oficiais e 22 não oficiais, além de ser o primeiro jogador brasileiro a participar da seleção da Fifa e ser apontado como o melhor lateral-direito da história do futebol.
“No momento em que Djalma Santos é escolhido pela Fifa, ao lado de Pelé e outros, para receber neste sábado (05), em Londres, o título de um dos 100 melhores atletas do mundo nos 100 anos da entidade; justifica-se a oportunidade de reconhecer a contribuição deste campeão mundial, agraciando-o como cidadão honorário de Curitiba” justifica o vereador Sérgio Ribeiro.