Divisão da Timemania é criticada na Câmara

por Assessoria Comunicação publicado 07/03/2008 18h10, última modificação 21/06/2021 07h02
A divisão percentual dos recursos arrecadados pela criação da loteria Timemania, destinada a cobrir as dívidas dos clubes de futebol com o tesouro nacional, foi criticada na Câmara de Curitiba pelo vereador Serginho do Posto (PSDB). O parlamentar usou a tribuna do Legislativo, nesta semana,  para mostrar sua preocupação e indignação. Na opinião do vereador, a proposta foi muito simplificada, a ponto de perder seu foco principal de atender os clubes, além de não proporcionar  recursos mais consideráveis para setores carentes de atendimento governamental. Citou, como exemplo, o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), que receberá apenas 3% do total arrecadado.
Segurança pública, educação e saúde, que seriam outros setores carentes,  nem aparecem na divisão do “bolo lotérico”.  Serão destinados  22% para os clubes endividados, como “pagamento” pelo uso da imagem; 1% para a Seguridade Social, 3% para os órgãos gestores de esportes nos Estados e Distrito Federal e 2% para o esporte olímpico. Caberá à gestora, Caixa Econômica Federal, 20%  dos recursos arrecadados.  Serão revertidos em prêmios 46%.
Serginho do Posto considerou que “se perdeu uma excelente oportunidade de gerir dinheiro público em favor de setores reconhecidamente carentes de atenção governamental”. Embora, não desqualifique a propriedade do projeto, relacionada à profissionalização dos clubes, que deixarão de estar inadimplentes, o vereador  reitera “a necessidade de revisar a divisão da Timemania.”