Discurso de deputado não é bem recebido

por Assessoria Comunicação publicado 22/04/2010 18h00, última modificação 29/06/2021 09h17
Vereadores de Curitiba mostraram-se contrários ao teor de recente declaração do deputado estadual Edson Praczyk (PRB), que comparou o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado estadual Nelson Justus (DEM), com a autoridade máxima da Igreja Católica Apostólica Romana, o Papa Bento XVI.
Os parlamentares da Câmara Municipal fizeram objeções à mistura de assuntos da política local com temas pertinentes à religiosidade. O vereador Felipe Braga Côrtes (PSDB) lembrou que as instituições possuem atribuições historicamente diferentes e mecanismos de controle próprios. No Paraná, quem investigará as denúncias contra a Assembleia Legislativa será o Ministério Público, não cabendo referência ao Vaticano.
Pastor protestante, Praczyk escolheu uma polêmica comparação para defender a permanência da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa. “Hoje, o clero está sob investigação e eu não vejo ninguém pedindo o afastamento do Papa, por exemplo”, disse o deputado. A declaração não foi bem recebida por embaralhar  as questões, sem contribuir para a melhoria da qualidade da representação política. O vereador Felipe Braga Côrtes adiantou que retomará o assunto em plenário, na próxima semana, para dirimir os equívocos com relação ao tema.