Direitos Humanos debate censo da população em situação de risco
Promover um recenseamento da população de rua em Curitiba. É o que pretende a Fundação de Ação Social (FAS) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). O tema foi discutido nesta quarta-feira (7) com integrantes da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública. De acordo com Oscar Ricardo Macedo, do Ippuc, será uma operação de grandes proporções. “Para fazer a pesquisa com 5.500 pessoas em situação de risco, em 10 dias, serão necessárias 12 equipes a um custo estimado de R$240 mil”, disse ele.
Walter mencionou os movimentos da população de rua, que dificultam a localização dessas pessoas. “Elas costumam estar mais visíveis à noite, o que envolve uma logística especial. O problema não vai ser pesquisar os moradores de rua que vivem no Centro, mas sim, os que vivem nas periferias”, observou. Para Keity da Cruz, do Ministério Público do Paraná, pesquisa da mesma espécie foi realizada em Londrina. Para ela, é necessário ter respeito às especificidades da população de rua.
Segundo o “Madruga”, ex-morador de rua e ativista da causa da população em situação de risco, a pesquisa já deveria estar pronta há mais tempo. Para ele, isso é preocupante pois “sem esses dados estatísticos, não há como tratar dos problemas da população de rua”. A vereadora Maria Leticia Fagundes (PV), presidente do colegiado, montou um Grupo de Trabalho (GT) sobre o tema e um encontro foi marcado para a próxima semana. Também participaram do encontro os vereadores Herivelto Oliveira (PPS), Professora Josete (PT) e Anderson Cristian Walter, da FAS.
Pauta adiada
Na pauta desta quarta, havia um projeto de lei para análise do colegiado, mas que teve sua apreciação adiada para outra reunião, por falta de quórum para deliberação. Trata-se de proposição do vereador Professor Silberto (MDB) que obriga a divulgação dos gastos com água e energia elétrica dos órgãos públicos. O parlamentar propõe um dashboard online, em que os dados fiquem disponíveis para consulta pela internet por qualquer cidadão (005.00121.2018).
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