Dia Mundial do Autismo é destaque no plenário

por Assessoria Comunicação publicado 02/04/2013 15h45, última modificação 15/09/2021 07h29
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado hoje, 02 de abril, foi destacado no plenário da Câmara de Curitiba. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), para mostrar que os autistas são diferentes, mas na essência, são iguais às demais pessoas. O autismo afeta 67 milhões de pessoas no mundo: para cada 50 nascidos vivo, um é portador da síndrome.

Por meio de convite da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública, a diretora do Centro Conviver, Luciene de Oliveira Vianna, falou sobre o transtorno autista e a importância do diagnóstico precoce. “A comunidade precisa entender que o autismo é diferente. Os autistas são especiais e precisam ser vistos de forma diferenciada”, ressaltou a fundadora da entidade, responsável pelo atendimento clínico e educacional de cerca de 100 pessoas, de várias idades.

Um dos assistidos, Rafael da Rocha Loures, também esteve no plenário e fez um breve relato sobre sua história. Músico, ele só descobriu que tinha autismo aos 34 anos e disse que um dos maiores problemas enfrentados pelos autistas é a falta de informação.
 
“A vida poderia ter sido mais fácil se eu soubesse da síndrome mais cedo. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no desenvolvimento do autista ao longo dos anos", afirmou.

O presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV), ressaltou que a entidade é fundamental na divulgação da síndrome e melhoria da qualidade de vida dos autistas. “Sem o trabalho do Centro, o Poder Público teria uma grande dificuldade em atender esses cidadãos, garantindo seus direitos”.
 
Já a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Carla Pimentel (PSC), reafirmou o compromisso da Casa com a causa. “O dia da conscientização chama a Casa e o mundo inteiro sobre o autismo, sobre os direitos dos portadores da síndrome. E nós, da comissão, vamos continuar lutando pela garantia desses direitos”, disse.

Autismo
 
O transtorno autista é o comprometimento do desenvolvimento da pessoa, afetando três áreas importantes: a comunicação, a socialização e o foco de interesses. A síndrome afeta 67 milhões de pessoas em todo mundo e, em 2013, o número de crianças diagnosticadas com o transtorno vai exceder o total de vítimas do diabetes, câncer e Aids.

A probabilidade do autismo aparecer em homens é quatro vezes maior que em mulheres. Os principais sinais de alerta para a síndrome são tendência para brincar sozinho; resistência frente a mudanças de rotina; movimentos repetitivos; manuseio de objetos de forma obsessiva; ausência da noção de perigo; hiperatividade ou apatia; déficit no desenvolvimento da linguagem e fala; e dificuldade de aprendizagem pelos métodos tradicionais de ensino.

Conforme Luciene Cândido e Rafael Loures, a principal ação a ser tomada para garantir a qualidade de vida às pessoas com autismo e seus familiares é identificar o mais cedo possível a síndrome. Um diagnóstico preciso deve ser realizado por um pediatra, com base no comportamento, anamnese e observação clínica da criança.