Dia do Trabalho não é só feriado. É dia de luta

por Assessoria Comunicação publicado 27/04/2006 19h00, última modificação 08/06/2021 15h57
"Comemoramos na segunda-feira a data histórica de 1º de maio, o Dia Internacional do Trabalho, comemorado desde o final do século XIX no mundo todo. O 1º de maio não surgiu como festa, mas, segundo definição dos socialistas da época, como dia de luta e de luto.
O Dia Mundial do Trabalho, instituído pelo Congresso Socialista realizado em Paris, em 1889, prestou homenagem à greve geral ocorrida três anos antes em Chicago, principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época. Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e para exigir a redução da jornada de trabalho de 13 horas para 8 diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. A repressão foi dura: houve prisões, feridos e até mortos em confrontos entre operários e a polícia.
No Brasil, as comemorações nem sempre foram tranqüilas. Na ditadura, muitas vezes a data foi marcada por repressões, prisões, perdas de direitos políticos e fechamento de sindicatos. As classes trabalhadoras comemoram o seu dia, sempre ressaltando as conquistas obtidas e apresentando novas reivindicações.
“O Dia dos Trabalhadores, portanto, não pode ser encarado apenas como festa ou feriado nacional: é também um dia de lutas, um dia para que trabalhadores, empresários e representantes políticos façam o balanço das perdas, das conquistas e, sobretudo, das formas de contribuição que cada segmento dispõe para dignificar o trabalho, estancar a exclusão e abrir as portas do mercado para milhões de jovens brasileiros. Portanto, há muito por fazer e pelo que lutar”, diz o vereador Pastor Gilso de Freitas (PL).
"Não podemos, contudo, cair na cilada de esquecer que o objeto de nossas preocupações são seres humanos, os verdadeiros produtores das riquezas materiais que consumimos, o alicerce de um país. O que desejamos é a possibilidade de criar um mundo no qual trabalhadores, homens e mulheres reais, possam fazer a sua própria vida e história, sem angústia e ansiedade em relação ao dia seguinte, sem o pesadelo constante do desemprego ou, na melhor das hipóteses, de uma aposentadoria que não proporcione dignidade na velhice", conclui.