Neste 19 de março, quando é comemorado o Dia Mundial do Artesão, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) realizou uma solenidade para homenagear aqueles que fazem da Feira do Artesanato, aos domingos, no Setor Histórico, um dos principais destaques da capital do Paraná. A atividade, coordenada pela vereadora Julieta Reis (DEM), entregou a 44 artesãos da Feira de Artesanato um certificado que reconhece a contribuição deles para o desenvolvimento de Curitiba. A música ficou por conta do grupo Choro e Seresta, que se apresenta na feira desde 1973, e foi homenageado hoje.

“A ideia que motiva o nosso trabalho”, disse Julieta Reis, acompanhada pela coordenadora de feiras de arte e artesanato de Curitiba, Marily Pires Lessnau, e pela presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra, “é que vocês trabalhem com paz de espírito”. “Precisa haver parceria entre o Legislativo e o Executivo, pois o mais importante é trabalhar em conjunto e isso fez com que a gente sempre tivesse uma convivência harmoniosa na Feira do Artesanato. Eu trabalho reivindicando aquilo que vocês desejam, aquilo que vocês precisam e sempre tive muito apoio dos artesãos”, reconheceu a vereadora.

Marily Pires Lessnau defendeu a importância do artesanato e justificou a solenidade, realizada anualmente. “A gente gostaria de homenagear a Feira de Artesanato inteira, mas como o espaço não permite, a gente faz a cada ano com um grupo de 30, 40 pessoas. Todos são merecedores de respeito e consideração, pois sabemos que não é fácil o trabalho”. “Temos ciência que a equipe [do Artesanato, na Prefeitura de Curitiba] devia ser maior”, reconheceu Tatiana Turra, do IMT. “Estamos avançando no projeto da Casa do Artesanato, para ser um espaço de capacitação e de novas oportunidades de negócios, como um ponto de encontro e de convivência para os artesãos”, prometeu.

Com a participação de Rodrigo Reis, auxiliando no cerimonial, foram entregues certificados aos artesãos presentes e homenageados cinco postumamente. Ao final da solenidade, Luciana Cortez de Oliveira, recebeu um agradecimento especial, como revelação do artesanato em Curitiba. A organização não governamental Lucianas e Marias, criada por ela, realiza grupos de crochê em equipamentos públicos e, recentemente, expôs na administração regional da Matriz. “Elas fazem bonecas de crochê em tamanho natural”, comentou Julieta Reis, elogiando-a por resgatar uma técnica em extinção. “Eram as avós e mães que ensinavam as meninas. Hoje, em função do desenvolvimento, essas técnicas foram sendo extintas, são poucas que ainda trabalham com elas”.