Dezembro Verde: "viagens aumentam abandono animal em 50%"

por Assessoria Comunicação publicado 06/12/2017 08h05, última modificação 25/10/2021 06h55

A Câmara Municipal acatou, na sessão desta terça-feira (5), indicação de ato administrativo ou de gestão para que a Prefeitura de Curitiba realize, neste mês, ações alusivas ao Dezembro Verde. A ideia é que as atividades sejam educativas e preventivas ao abandono de animais e à conscientização à guarda responsável. Segundo a autora da proposição (203.00039.2017), Fabiane Rosa (PSDC), a escolha de dezembro para a campanha não é aleatória, porque devido às férias escolares e às viagens de fim de ano o abandono animal aumenta quase 50% em relação à média anual.

“Este é um problema mundial, e Curitiba com certeza não é exceção. Temos muitos animais abandonados nas ruas”, disse. A vereadora assina o projeto de lei (005.00375.2017) que institui em Curitiba a campanha Dezembro Verde, protocolado na última sexta-feira (1º). Mas argumenta, no entanto, que, com a indicação ao Executivo, a ideia é viabilizar ações já neste ano, já que a proposta terá que tramitar nas comissões antes de poder ser votada em plenário.

“Abandono é crime”
“Os animais não são coisas, brinquedos ou apenas uma distração. Eles são sencientes. Ou seja, tem a capacidade de sentir e de perceber o que acontece. Eles sentem dor, agonia, medo, tristeza, ansiedade, assim como alegria, euforia, felicidade”, declarou Fabiane Rosa. “Quando um animal é abandonado por quem convivia ele sente falta, sofre e pode até morrer. Abandono é crime.”

“Acho muito importante essa sugestão. Até busquei aqui nas Sagradas Escrituras [Bíblia], que o justo se importa com seus animais, e aqui a gente entende sua preocupação, essa conotação de ser justo. Em Curitiba, qual sua leitura sobre as políticas públicas dos animais?”, afirmou Noemia Rocha (PMDB). “Temos muito a fazer, mas o prefeito Rafael Greca se comprometeu com a causa na campanha e tem cumprido”, respondeu Fabiane.

“Eutanásia é um termo usado na Medicina quando as pessoas estão doentes. Mas se um animal está saudável seria um crime”, opinou Maria Leticia Fagundes (PV). “Mas se fazia, e a ainda se faz. Sacrificar, como se diz. O profissional que faz tem que responder pelo crime”, apontou a autora da iniciativa. Fabiane Rosa comemorou, entretanto, que Curitiba e o Paraná tenham leis que proíbam sacrifício de animais para controle populacional.